Possíveis irregularidades em eventos promovidos pela Fundação Cultural de Uberaba – alvo de investigação pelo Ministério Público – não incomodam o prefeito Anderson Adauto (PMDB). “Ainda não posso colocar isso como um problema”, avalia.
Como a representação foi levantada ao MP por um ex-petista – hoje presidente do PV Municipal e do Teatro Experimental de Uberaba (TEU), Cacá Peres –, o prefeito vê as denúncias como briga pessoal entre as partes envolvidas, levando em conta que o atual presidente da FCU, Fábio Macciotti, e a diretora cultural, Tânia Mara, são do PT.
Os dois foram nomeados há pouco mais de dois meses para os respectivos cargos após uma ação efetiva para aumento da participação da legenda na composição do governo municipal. “Acredito que isso é mais uma divergência interna entre eles do que uma irregularidade de desvio de recursos públicos”, coloca.
AA também sai em defesa de Fábio Macciotti, que atuou como controller da Prefeitura de Uberaba. “Ele sabe como as coisas devem ser tocadas”, diz. E ressalta confiança no trabalho não só dele como da própria diretora cultural, professora Tânia Mara Garcia – responsável pela organização dos eventos. “Tenho total confiança no trabalho deles.”
Para o prefeito, o trabalho na área cultural é amplo e mexe com o interesse de toda ordem e, coincidentemente, o evento em questão, o “Beco Cultural”, é realizado na rua Aristides Borges, mais conhecida como Beco do TEU – onde possui um tradicional bar uberabense. “Não tenho como impedir que o bar deixe de funcionar só porque teremos uma ação cultural naquele lugar”, conclui.