POLÍTICA

Dilma Rousseff abre o jogo sobre suas propostas eleitorais

Em entrevista exclusiva à Rádio JM, a pré-candidata à Presidência da República Dilma abriu o jogo quanto às suas propostas de governo para as eleições de outubro

Gisele Barcelos
Publicado em 24/04/2010 às 09:10Atualizado em 20/12/2022 às 06:53
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Em entrevista exclusiva à Rádio JM, a pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) abriu o jogo quanto às suas propostas de governo para as eleições de outubro. A petista citou encaminhamentos para a duplicação da BR-262 entre as últimas ações enquanto ministra da Casa Civil e também destacou planos para a saúde e combate às drogas.   Rodovia. Dilma garante que os projetos básicos para duplicação da BR-262, entre Nova Serrana e Uberaba, estão em execução. A garantia é da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT), que concedeu entrevista exclusiva à Rádio JM ontem. De acordo com ela, antes de deixar o governo foi dada ordem para elaborar o planejamento.   Dilma afirma que a obra prevê 358 quilômetros de duplicação e adequações de Nova Serrana a Uberaba, passando por Araxá. A proposta inclui construção de viadutos e, em alguns trechos menores, apenas a implantação de uma terceira faixa. O investimento – confirma a petista – está na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “É um compromisso meu. Determinamos que comecem a fazer projetos básicos. Se a situação for outra [disse em referência a uma eventual vitória de José Serra nas eleições presidenciais], esse projetos estarão prontos para ser feitos”, afirma.   Cana. Quanto ao alcoolduto, porém, a pré-candidata não traz novidades. Segundo ela, a proposta está em estudo e não há conclusão até o momento sobre a viabilidade técnica e econômica. Dilma reforça que a obra é cara, por isso várias análises estão sendo feitas de trajeto e cruzamento com outros dutos para reduzir custos. Já o gasoduto, conforme a ex-ministra, está garantido na parceria entre Cemig e Petrobras, o que referendou a inclusão de Uberaba entre as cidades para receber a fábrica de amônia e ureia.   Saúde. Durante a entrevista também foi questionada a deficiência do Sistema Único de Saúde (SUS). Dilma admitiu haver problemas, mas defende que o setor foi prejudicado com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Governo fez muita coisa, apesar do fim da CPMF. Alegaram a redução de imposto e acabaram com a contribuição. Se tivesse reduzido imposto, eu até achava bom. Mas não foi isso”, declara.   Alegando perda de R$ 40 bilhões para a Saúde, a pré-candidata declara ser necessário mais dinheiro para atender à demanda dos pacientes. Entretanto, não chega a defender a nova CPMF: “Estamos nos esforçando para chegar. O Brasil vai crescer e ter mais recursos para investir em Saúde”.   Para Dilma, além dos investimentos no serviço básico e de urgência, a proposta agora é implantar policlínicas. Segundo ela, a grande reclamação dos usuários é não ter acesso ao tratamento com médicos especialistas na velocidade necessária.   Drogas. A pré-candidata também salienta que o combate ao crack será um dos pontos contemplados no plano de governo. De acordo com ela, o princípio as ações envolverão desde a prevenção, o tratamento até medidas severas contra o tráfico.   Para Dilma, é necessário unificar a investigação da Polícia Federal e o trabalho da Secretaria Nacional Antidrogas para identificar a cadeia do crack. Com esse mapeamento em mãos, ela acredita que será possível acabar com o tráfico e também o contato dos jovens com as drogas, o que geralmente impulsiona a criminalidade.   A ex-ministra também prega o envolvimento das famílias para possibilitar o combate às drogas. De acordo com a pré-candidata, o problema não é só das capitais, está também presente nas cidades do interior. Por isso, a mobilização das mães é fundamental para prevenir.   Outra prioridade de seu plano de governo será a educação. Dilma salienta que o governo Lula já promoveu a expansão do curso superior, descentralizando as universidades. Ela cita como exemplo a transformação da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro em universidade e a criação do Instituto Federal de Educação do Triângulo.

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