Ex-prefeito Anderson Adauto (PCdoB) decidirá até 30 de agosto se manterá o nome na disputa para Câmara Federal este ano. Em entrevista à Rádio JM, AA informou que está aguardando a análise de uma ação para derrubar a condenação que o tornou inelegível. Com isso, ele não pretende renunciar à candidatura, pelo menos, dentro dos próximos 13 dias.
Adauto manifestou que a equipe jurídica entrou com ação para contestar a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que o condenou por improbidade administrativa devido à fraude no processo seletivo dos agentes de Saúde, mas ainda não houve um posicionamento sobre o caso.
"Eu entrei com ação tornando sem efeito aquela condenação porque a gente entendeu que teve muitos problemas no processo de julgamento, que os meus advogados àquela época não viram. Então, estamos trabalhando nisso", posicionou.
Após discussão do caso com a equipe jurídica, Adauto informou que decidiu manter a candidatura por enquanto e monitorar se haverá andamento até o fim do mês da ação que tenta derrubar a sentença que o deixou inelegível.
"Se eu conseguisse uma liminar resolveria meu problema [...] Mas dependo agora da agilidade do parecer do Ministério Público e o desembargador aceitar julgar com celeridade a minha causa. Então, eu estou aguardando isso. Tenho até o dia 30 deste mês para estar com isso tudo resolvido.
Se conseguir a liminar favorável dentro do prazo, Adauto declarou que manterá o nome na disputa para Câmara Federal este ano. Porém, o destino da candidatura dependerá da resolução do caso que tramita na Justiça.
"Se estiver resolvido, tenho certeza que em Uberaba eu faço minha campanha em 30 dias. E os companheiros que me conhecem na região ficaram de aguardar até o dia 30 de agosto. Então, na data eu tomarei uma decisão final. Porém, também estou comunicando a todos que pode acontecer de eu não ser candidato este ano em função desse problema", acrescentou.
Em paralelo, AA posicionou que apresentará defesa à Justiça Eleitoral contra o pedido de impugnação da candidatura feito pelo Ministério Público Eleitoral. A intenção é deixar o caminho aberto, caso tenha êxito na ação que corre na Justiça Comum para derrubar a inelegibilidade.
Em relação aos outros processos que resultaram em condenações por improbidade administrativa no passado e poderiam inviabilizar a candidatura a deputado, o ex-prefeito alegou que devido à nova lei de improbidade administrativa não haveria obstáculos. Segundo Anderson, antes qualquer equívoco na gestão era enquadrado como improbidade, mas a legislação atual exige que seja comprovado que houve intenção deliberada do gestor para benefício próprio ou favorecimento de terceiros, o que não teria ocorrido em nenhum dos casos a que responde na Justiça.
Desta forma, mesmo que a situação jurídica não seja sanada a tempo para o pleito deste ano, AA adiantou que já tem planos para o processo eleitoral de 2024.
"Essa questão minha será solucionada agora ou com a votação do novo Código Eleitoral. Aí, eu passo a não ter nenhum problema. Estarei apto ou na eleição 2022 ou na eleição 2024", finalizou.