O ex-parlamentar confirmou que colocará o nome na disputa por vaga na Câmara Federal e que está percorrendo a região e fazendo as contas de acordo com as regras eleitorais
Ex-deputado Franco Cartafina falou ontem no programa Pingo do J e reafirmou a disposição em disputar vaga para deputado federal em 2026 (Foto/Arquivo)
O ex-deputado federal e ex-candidato a vice-prefeito de Uberaba, Franco Cartafina, confirmou que colocará seu nome na disputa por uma vaga no Congresso Nacional nas eleições do próximo ano. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM.
Segundo ele, o objetivo é contribuir para que Uberaba e a região voltem a ter representatividade política em nível estadual e federal. “Uberaba é uma cidade polo. E quando não é eleito um deputado local, não perde somente Uberaba. É um reflexo regional, impacta em outras cidades. Eu percebo nos agentes políticos a vontade de resgatar essa representatividade”, afirmou.
Franco destacou que já percorreu ao menos 30 municípios em que atuou durante seu mandato de deputado federal (2019-2022) e disse perceber, nessas visitas, uma cobrança pelo retorno da representatividade da região na Assembleia de Minas e na Câmara Federal.
O ex-parlamentar também comentou as mudanças nas regras para as eleições proporcionais, que exigem que os candidatos atinjam pelo menos 20% do quociente eleitoral para disputar uma vaga. “Até então, quando se fechava o número de cadeiras legislativas, se tivesse sobra, o candidato com até 10% poderia ser eleito. Agora não. Tem que ter 20% do quociente eleitoral”, explicou.
Ele lembrou ainda que, na eleição municipal de 2024, dez vereadores foram eleitos pelos partidos que atingiram o quociente eleitoral e outros onze entraram pela sobra, todos com mais de 20%.
Na análise de Franco, a nova regra impõe um desafio maior aos candidatos de Uberaba. “Na próxima eleição, um deputado estadual que entrar pela sobra precisará ter pelo menos 32 mil votos. Para federal, será necessário um mínimo de 40 mil votos. Quem não tiver essa perspectiva, com um trabalho mais amplo, dificilmente terá chance”, avaliou.
Para ele, o cenário exige reflexão sobre os nomes locais com potencial de alcançar esse patamar. “Precisamos estar atentos a essa matemática eleitoral”, concluiu.