Muitos estudantes de cursos do programa federal Projovem Trabalhador continuam enfrentando transtornos relativos à falta de informação e atraso no pagamento da bolsa de estudos correspondente a R$ 100 que deveria ser recebido mensalmente. “Eu ainda não recebi e tem muita gente nesta situação. Está certo que o valor é baixo, mas mesmo assim ficamos contando com o dinheiro”, reclama a estudante Renata Oliveira dos Santos.
Segundo ela, a função política do programa é muito maior que a social. “Teoricamente funciona muito bem, porém na prática a história é diferente. Acho que é tratado com descaso e não recebe a devida atenção”, afirma. “O que eu e outros alunos percebemos é que as autoridades não ligam muito para o Projovem”, completa.
A diretora do Departamento de Gestão e Planejamento Financeiro da Secretaria de Desenvolvimento Social, responsável pelo gerenciamento dos recursos no programa, Maria Aparecida Alves, respondeu que o pagamento não está atrasado, mas sim obedece ao cronograma do governo federal. “Às vezes paga-se dois meses juntos, às vezes pula um e só paga no outro, mas eu não diria que está atrasado, está dentro da programação de Brasília”, justificou.
A orientação, segundo a diretora da Seds, é para que todos os alunos que considerarem-se prejudicados procurem a secretaria para que cada caso seja analisado individualmente. “Mediante solicitação, podemos ligar para o órgão federal responsável e questionar sobre o motivo da demora, mas também pode ser outra situação, como o aluno não ter comparecido a 75% das aulas”, finaliza.