POLÍTICA

João Franco é denunciado por improbidade administrativa

O atual representante do escritório de Uberaba em São Paulo, João Franco, foi denunciado por improbidade administrativa pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público

Daniela Brito
Publicado em 23/02/2011 às 09:42Atualizado em 20/12/2022 às 01:31
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O atual representante do escritório de Uberaba em São Paulo, João Franco filho, foi denunciado em ação cível por improbidade administrativa pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte. Enquanto diretor geral da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ele é acusado de ter usado carro, motorista e gasolina pagos pela Alemg em viagens particulares para Uberaba, Perdizes, Uberlândia e Araxá. Na denúncia, o MP pede o ressarcimento de todos os valores empenhados.

A ação cível se refere ao período em que João Franco ocupou o cargo de diretor-geral, entre os anos de 2001 e 2005, quando a Alemg foi presidida pelo peemedebista Antônio Júlio (2001-2002) e pelo tucano Mauri Torres (2003/2004 e 2005/2006).

A denúncia foi reforçada pelo depoimento do motorista da Alemg Péricles Luiz Ferreira, testemunha-chave do processo em tramitação na 5ª Vara da Fazenda Estadual do Fórum Lafayette, instalado em Belo Horizonte. Em quatro anos, foram cerca de duas viagens por semana. Na maioria dos casos, conforme o depoimento, João Franco ou familiares estavam a bordo do carro. O motorista contou ainda que o ex-chefe tinha o hábito de carregar grandes quantias em dinheiro. Certa vez, segundo relato feito à Promotoria de Justiça, João Franco chegou a levar R$200 mil em espécie para efetuar pagamentos em Perdizes

O motorista ainda disse que uma vez teve de ir a Patos de Minas exclusivamente para levar Celeida Rodrigues, ex-mulher de João Franco. Em outras oportunidades, ele chegou a se deslocar de Belo Horizonte para Uberaba ou Araxá somente para buscá-lo no aeroporto local e, em seguida, levá-los até Perdizes ou Patos de Minas.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, João Franco se mostra tranquilo com a denúncia. Ele assume ter feito as viagens de cunho particular, porém seguindo os procedimentos adotados pela Mesa Diretora da Casa Legislativa. “Não nego nada. Eu fiz uma gestão pautada pela Mesa Diretora, que tem as prerrogativas de estabelecer as regras da Assembleia”, ressalta. Além disso, ele destaca que não era o responsável pelo ordenamento das despesas. “Todos os gastos também eram de competência da Mesa Diretora”, reforça.

João Franco ainda lembra que ocupava o cargo 24 horas por dia ao longo dos 365 dias do ano. “Eu tinha respaldo para ter à disposição um telefone, um motorista e um carro. A regra também valia para todos os membros da Mesa Diretora”, ressalta. Apesar de não ter sido notificado, ele adianta que já acionou advogados para atuar na defesa da ação cível proposta pelo MP.

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