Líder do prefeito critica Dutra por defender Chiquinho no Supremo

A iniciativa da presidência da Câmara de Uberaba de ir ao Supremo Tribunal Federal na tentativa de derrubar a decisão de segunda instância que garante a José Antônio Fernandes Cardoso (PSB) a cadeira de vereador foi alvo de críticas do líder governista Cléber Cabeludo (PMDB). Ele disse ontem, em plenário, que não tinha conhecimento desta ação e foi taxativo ao afirmar que discorda da posição do presidente da Casa, Luiz Dutra (PDT). Para o peemedebista, não é caso de se tomar partido, tanto um [o pessebista] quanto outro [Chiquinho da Zoonoses (PR)] são bem-vindos.

Dutra reiterou que não defende pessoas, mas ideias, lembrando que o próprio Supremo já decidiu, por dez votos a um, que as vagas abertas nos parlamentos por conta de licença, afastamento ou renúncia – como ocorre em Uberaba – pertencem às coligações. Desde o início do ano legislativo que Cardoso e Chiquinho protagonizam um embate jurídico pela cadeira então ocupada por Antônio Lerin (PSB), que renunciou para assumir como deputado estadual.

O republicano é o primeiro suplente da coligação e Cardoso, do partido. Ontem, ele desabafou em plenário e disse que é movido pelo desejo de contribuir e ser útil à sociedade. E mais: “Se estou aqui é porque achamos condições de requerer a cadeira do PSB”, afirmou, sem sequer se furtar a declarar que está encontrando dificuldades para receber os telefones corporativos e notebook para seus assessores trabalharem.

“Dentro do processo há formalidades a serem cumpridas”, disse Dutra, explicando o porquê dessa demora em repassar os equipamentos, citando que primeiro baixam-se as contas de Chiquinho para abrir as de Cardoso.