Integrantes do movimento útil consideram a pulverização de candidaturas e a desmotivação política como fatores para Uberaba não aumentar o número de representantes no Legislativo mineiro e nacional. A cidade reelegeu quatro deputados federais e manteve duas cadeiras na Assembleia Legislativa.
Encabeçando a campanha pelo voto útil, o empresário Gilberto Rezende argumenta que o resultado atual superou a eleição anterior. Ele lembra que Uberaba elegeu apenas um deputado estadual em 2006 e o segundo assumiu vaga em 2009, quando o titular deixou o posto para tomar posse como prefeito. “Agora fizemos quatro federais e dois estaduais. Não podemos dizer que houve fracasso”, declara.
Para o líder do movimento, os partidos políticos erraram ao lançar número maior de candidatos do que o eleitorado em Uberaba sustentaria. No entanto, Rezende admite que a campanha Voto Útil foi muito curta este ano e acredita que talvez com mais tempo teria sido possível ter mais comparecimento às urnas e menos votos em branco e nulos.
Já o empresário Tião Silva avalia que a descrença do brasileiro com a política resulta na abstenção dos eleitores. Ele também analisa que o movimento a favor do voto consciente foi “tímido e praticamente inexistente” porque muitos defensores da causa dispersaram. “Fez falta o trabalho. Sorte que candidatos tiveram votos fora e longe”, pondera.