POLÍTICA

Lideranças contestam apreensão de queijo pela Vigilância Sanitária

Repercute negativamente a fiscalização dos queijos, na terça (22), pela Vigilância Sanitária, seguindo determinação do MPE

Daniela Brito
Publicado em 25/02/2011 às 22:51Atualizado em 20/12/2022 às 01:28
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Ainda repercute negativamente a fiscalização dos queijos, na terça-feira (22), pela Vigilância Sanitária, seguindo determinação do Ministério Público Estadual.  A ação culminou na apreensão de grande quantidade do produto em vários estabelecimentos do município.

O vereador Marcelo Borges, o Borjão (PMDB), avalia a fiscalização truculenta e a legislação como ameaça à tradição mineira. De acordo com ele, é preciso uma mobilização por parte do município, pois as regras determinadas para fabricação e comercialização do produto são inviáveis para a fabricação do tradicional Queijo Minas. O peemedebista também demonstra preocupação com os pequenos produtores. “Como ficarão estas pessoas? Vão sobreviver de quê?”, questiona.

Borjão pretende mobilizar um grupo de vereadores para encaminhar um ofício ao governo estadual para contestar a lei. Ele também revela a intenção de buscar reforço junto aos deputados estaduais e federais. “Precisamos nos mobilizar, juntar forças para buscar uma solução!”, fala.

O vereador de Sacramento Marcelino Marra (PPS) ressalta o reconhecimento do Queijo Minas como patrimônio cultural do Estado. Neste sentido, ele comenta que a produção mineira entra em conflito com a legislação brasileira, visto que as inspeções sanitárias de derivados vegetais e animais são de responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Minas tem a tradição da produção do queijo artesanal, assim como Portugal, Espanha e a França. Este é um conflito de convívio econômico”, salienta, destacando as inúmeras indústrias produtoras de Queijo Minas.

Secretário da Agricultura, José Humberto Guimarães garante que os procedimentos adotados para a fiscalização dos queijos seguem as diretrizes estabelecidas pelo Estado e a exigência da certificação dos produtos vale para todo o país. Segundo ele, o queijo deve ter todos os requisitos exigidos pelo Código de Defesa do Consumidor e da Legislação Sanitária.

Conforme o secretário, as fazendas responsáveis pela produção do produto devem seguir os procedimentos para atender tais normas, como vacinação do plantel bovino, higiene na ordenha, limpeza diária no local de produção, embalagem com peso, ingrediente e data de validade. “São exigências legais que fazem parte de convenções feitas em todo o país para que tenhamos produtos de origem animal com qualidade”, explica.

Conforme esclarece, o município cadastrou, ao longo de dois anos, dezessete queijarias. “Estes locais passam por constantes vistorias. Em muitas comunidades mineiras produtoras de queijo de boa qualidade, as prefeituras não promovem este tipo de empreendedorismo. Nós tomamos todos os cuidados. É preciso promover esta causa para que todos sejam beneficiados”, finaliza.

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