Lula diz que o 'povo tem razão' em pesquisa que apontam queda de popularidade do governo (Foto/Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (30) que as pessoas “têm razão” ao avaliar o governo de forma negativa nas pesquisas que medem a popularidade de seu governo. Nos últimos meses, diferentes levantamentos mostram uma queda nos índices de aprovação do trabalho presidencial.
“O povo tem razão. A gente não está entregando aquilo que prometeu, então como o povo vai falar bem se a gente não está entregando? É preciso ter muita paciência”, afirmou Lula, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
“Você tem um primeiro ano de governo que quando você ganhou as eleições, o povo tem muita expectativa e está muito tranquilo. No segundo ano, começa o povo a saber se a expectativa está sendo cumprida”, ponderou.
Lula, no entanto, disse que “não se preocupa” com pesquisas, pois são feitas para analisar o cenário e começar a fazer as correções necessárias. Na visão do presidente, ainda é cedo para analisar o cenário para as próximas eleições com base nos levantamentos recentes. “É muito cedo para fazer pesquisa sobre 2026 e muito cedo para você avaliar o governo com dois anos”.
O presidente diz acreditar que os resultados da gestão irão melhorar neste ano. Segundo ele, na última reunião ministerial, feita no dia 21 de janeiro, se chegou à conclusão que em dois anos, o governo “preparou mais do que nos outros 8 anos” em que ele presidiu o país. E prometeu que as coisas “vão acontecer”.
“Eu quero que vocês anotem: nós vamos entregar. Porque não é apenas um programa de governo, é uma profissão de fé. Você acha que eu seria eleito presidente mais uma vez se eu não tivesse no horizonte que eu tenho que fazer mais do que eu fiz de 2003 a 2010?”.
Um dos “vilões” da impopularidade apontados pelos governistas é a comunicação, o que gerou uma troca no comando da Secretaria de Comunicação (Secom), com Sidônio Palmeira assumindo o posto de Paulo Pimenta. A entrevista desta quinta-feira aos veículos de imprensa faz parte de uma estratégia da nova Secom para “aproximar” Lula da população.
Fonte: O Tempo