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Em meio a chuvas intensas no início do ano e registro de alagamentos no centro da cidade, Legislativo solicitou que o governo municipal apresente um relatório sobre os resultados obtidos com as obras do Programa Água Viva.
De autoria do vereador Varciel Borges (PMB), o requerimento aprovado em plenário cobra informações sobre a eficiência do programa para conter as enchentes na região central. “Sabemos que existiu o programa, porém parece que não funcionou. A gente está solicitando essas informações porque existe muita enchente em Uberaba. A promessa era não ter enchente mais e não é o que a gente tem visto no Centro”, argumentou.
Uberaba quitou no ano passado o financiamento de US$16.031.762,70 junto ao Banco Internacional de Desenvolvimento (Bird), contratado para custear a ampliação da estrutura de drenagem e esgotamento sanitário na cidade.
O projeto Água Viva começou a ser estudado em 2002, ainda na gestão do ex-prefeito Marcos Montes. A proposta foi encampada pelo sucessor Anderson Adauto, que deu seguimento ao processo para a liberação do empréstimo junto à Câmara Municipal, ao Tesouro Nacional e ao Senado.
Os trâmites foram concluídos em 2008, viabilizando o início dos trabalhos para formatação dos projetos executivos e as licitações. A realização das obras ocorreu entre 2010 e 2013, sendo a última parte executada no primeiro mandato do ex-prefeito Paulo Piau. O contrato estabeleceu prazo de 17 anos para o pagamento total do empréstimo.
O projeto Água Viva abrangeu obras para a ampliação das galerias pluviais na área central para minimizar o risco de enchentes; implantação do Parque da Cidade, alameda das Barrigudas e setor córrego das Lajes, além da construção do Centro de Educação Ambiental de Uberaba.
A verba do Banco Mundial não foi suficiente para custear todas as obras do Água Viva. Com isso, posteriormente, recursos também foram captados junto à Caixa Econômica Federal e dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), à época, para concluir as intervenções de drenagem urbana, recuperação de áreas degradadas no rio Uberaba e implantação de galerias de drenagem e recomposição de avenidas na região central de Uberaba.