Na imagem, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros do STF e governadores (Foto/O Tempo)
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse durante discurso em reunião no Palácio do Planalto com os 27 governadores e representantes dos Executivos estaduais que houve negligência da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante os atos terroristas de domingo (8).
“A polícia de Brasília negligenciou. É fácil a gente ver nas invasões os policiais conversando com os agressores (...) Havia uma conivência explícita da polícia apoiando os manifestantes", disse o presidente. Em decorrência da invasão em Brasília, Lula decretou intervenção federal no DF até 31 de janeiro de 2023.
Ele ainda prometeu prometeu investigar e identificar as pessoas que financiaram os atos terroristas e analisou o episódio como uma tragédia anunciada. "O que vimos ontem foi coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo atrás porque as pessoas que estavam na frente de quartéis não tinham pauta de reivindicação".
Durante sua fala, Lula também declarou que "não vamos [o governo~ permitir que a democracia escape das nossas mãos". E acrescentou: "Eles querem é golpe, e golpe não vai ter. Eles têm que aprender que democracia é a coisa mais complicada para a gente fazer, porque exige conviver com quem a gente não gosta".
O encontro de emergência de Lula com governadores, ministros da Corte, líderes partidários, entre outros, ocorreu após as invasões e depredações nos prédios do Congresso Nacional, Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, 14 jornalistas foram agredidos.
Essa é a primeira reunião de Lula com os 27 governadores. O encontro precisou ser antecipado após as ocorrências violentas do fim de semana. Antes, estava previsto para 27 de janeiro, como mostrou O TEMPO.
Nota dos Três Poderes
Mais cedo, a presidência da República, do STF, da Câmara e do Senado Federal publicaram uma nota conjunta, 'Em Defesa da Democracia', em que rejeitam os “atos terroristas, de vandalismo, criminoso e golpistas que aconteceram em Brasília”
As autoridades afirmam que “estão unidos para as providências institucionais sejam tomadas”. Em seguida, conclamam a sociedade brasileira a “manter a serenidade, em defesa da paz”. “O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”.
Assinaram o documento o presidente Lula; o presidente em exercício do Senado Veneziano Vital do Rêgo; o presidente da Câmara Arthur Lira e a presidente do STF a ministra Rosa Weber.
Fonte: O Tempo