O diagnóstico vem do deputado federal e Marcos Montes, após entrevista publicada ontem no JM com o prefeito Anderson Adauto
Anderson Adauto sofre de males políticos como trauma, covardia, falácia, enganação, autodesconfiança, individualidade e “baixíssimo” potencial intuitivo. O diagnóstico vem do deputado federal e ex-prefeito Marcos Montes, após entrevista publicada ontem no Jornal da Manhã com o prefeito Anderson Adauto. “Foi de rir. Chegam a ser cômicos os comentários do prefeito, no dia do aniversário da cidade, não apenas a meu respeito, mas à política de forma geral. Só rindo”, afirmou.
MM orienta Adauto a tratar sua intuição, apontando que ela não é o seu forte. Neste momento lembra a “certeza” que AA dizia ter da eleição de seus candidatos e a frustração com o resultado, levando-o a reconhecer o baixo potencial de votos. “Quem está agonizando é ele... não somos nós”, afirma Marcos Montes, completando entender que Anderson se trai pelas próprias palavras. “Ora, ele sente que o povo não me quer? Sente que nosso grupo representa retrocesso? Mas não sabe sentir o que o povo acha do governo dele? Isto é uma contradição sem limites.” A fala de MM refere-se à declaração de AA de que vai medir a aceitação de sua Administração para decidir se busca sucessor, podendo, inclusive, deixar a eleição correr solta se os números forem negativos.
MM afirma, ainda, que achava que o prefeito tivesse aprendido que deve mirar sua Administração, seus resultados, mas percebe que ele mantém o mesmo comportamento desde 2000, quando se enfrentaram nas urnas e Anderson foi derrotado. “Acho que é trauma”, ironiza MM.
O ex-prefeito, hoje deputado federal, diz ter em mãos estatísticas recentes apresentadas por instituto de pesquisa de renome demonstrando que a “população não está satisfeita com o que está aí”. “Ele vem enganando a população desde sua derrota em 2000 e continua mentindo para o povo como prefeito, numa demonstração clara de que nem ele acredita no seu governo. O grupo dele, sempre soube, já não confiava e os que persistem são muito mais por questões pessoais”, contra ataca.
Falta humildade e sobra covardia nas palavras do prefeito, avalia Montes. “Ele admite que o gás vai trazer surto de desenvolvimento e é verdade, um fruto proporcionado pelo governo do Estado, do qual sou aliado, uma luta antiga. Falando do futuro de Uberaba para os próximos dez anos, coloca o Água Viva, projetado e nominado na minha administração, como um trabalho que está sendo feito hoje. Não é verdade, ele deu continuidade à nossa boa ideia. Uma cidade - e os grandes homens públicos devem reconhecer isto - é construída ano a ano.” Na opinião do deputado, não se pode transformar a instituição Prefeitura em palanque político, avaliando que a construção de uma cidade não é obra de um homem só.
Para Marcos Montes, é um gesto covarde um político que comanda um poder dizer que se a Administração não estiver bem avaliada, não se preocupará com sucessor. “Uai, ele está no governo e se acha o cara e, contrariando o evidente, diz que tudo vai a mil maravilhas. Político que se preza encara o povo. Sua fala reforça que tem plano de poder para ele, que sua política é a política de um homem só, além de evidenciar que não tem segurança de que agradou como prefeito e, de certa forma, admitir sem querer as fragilidades do seu governo”, ressalta Montes.