Mesmo com anúncio da instalação de fábrica em Uberaba, que não precisará de gás natural para produção de amônia, a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) assegurou, que continua tentando viabilizar o gasoduto para atender a região de Uberaba.
A chefe do Executivo salientou que, independente da fábrica de hidrogênio verde, a disponibilidade do gás natural é um fator que ajudará a impulsionar o desenvolvimento econômico da região. "De maneira alguma a gente vai desistir do gasoduto. Vamos continuar buscando", declarou.
Elisa também afirmou, que as articulações em torno do projeto não foram interrompidas, pois existem vários atores envolvidos em torno do pleito. "Estamos correndo atrás e nada parou.
Estamos prospectando a atração do investimento, mas ainda não temos nada de concreto no momento", posicionou.
Uma das possibilidades anunciadas para viabilizar o gasoduto, é o acordo com a Samarco. O governador Romeu Zema (Novo) já confirmou que o Estado tenta incluir o ramal entre as obras que podem ser custeadas com os recursos para compensação pelo rompimento de barragem em Mariana. No entanto, a negociação com a empresa ainda não foi fechada e havia divergências.
A proposta de incluir o gasoduto até o Triângulo Mineiro, entre obras do acordo com a mineradora, foi revelada pelo presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, que defendeu que havia mais chances de consolidar o projeto com os recursos da compensação pelo rompimento da barragem.
O modelo foi utilizado no acordo referente ao acidente em Brumadinho, que prevê uma série de investimentos em infraestrutura e assegurou recursos para implantar um gasoduto na região Centro-Oeste de Minas.