Minc destina recurso para reforma dos galpões da Mojiana

Presente ontem em Uberaba, o ministro interino de Cultura, Alfredo Manevy, assinou termo de cooperação com a Prefeitura assegurando cerca de R$ 1,250 milhão para retomar o projeto de reforma do galpão na estação Mojiana e também para construção da sede própria da Casa do Artesão. Apesar do anúncio, ainda não há data prevista para liberar a verba.

De acordo com o presidente da Fundação Cultural de Uberaba, Rodrigo Mateus de Oliveira, o município já entregou os projetos arquitetônicos em Brasília no prazo devido e aguarda a tramitação no Ministério. A expectativa é a liberação dos recursos ainda este ano para dar andamento imediato à contratação das obras, conforme declarou o prefeito Anderson Adauto durante a solenidade.

Rodrigo explica que o galpão da Mojiana será reformado para abrigar o Arquivo Público de Uberaba e também o Museu da Música Sertaneja, projeto emperrado após lançamento no início do ano passado. Para a sede do Arquivo serão disponibilizados R$ 600 mil para a primeira etapa da obra que terá, no galpão de 1.140m2 da Rede Ferroviária, três salões para o arquivo do acervo histórico, salas de consulta, cópia digital, biblioteca, auditório, documentação, direção, administrativo, departamentos de fotografia, mídia e pesquisa, almoxarifado, estúdio, microfilmagem e câmara escura.

Quanto à sede da Casa do Artesão, que hoje funciona em casarão restaurado na rua Senador Pena, o presidente da FCU destaca que a ideia é construir o prédio também na região da Mojiana e a Prefeitura está negociando com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para conseguir área no local. “Estamos vendo outras possibilidades, mas queremos concentrar ali para compor o conjunto cultural”, salienta.

Além dos recursos do governo

federal, a PMU entrará com contrapartida de R$ 150 mil para a execução dos projetos e se compromete no termo a disponibilizar o terreno para construir o novo prédio da Casa do Artesão.

Depois da solenidade, o ministro também percorreu o entorno do Grupo Brasil para avaliar a possibilidade da criação de uma alameda cultural na região, aproveitando o panorama histórico do local. A proposta, segundo Rodrigo, é fechar a rua Comendador Quintino e transformá-la num espaço com casas de literatura, cinema e teatro. “Por enquanto, houve apenas uma discussão inicial. É um projeto só para o ano que vem”, encerra.