POLÍTICA

Mudança de comando no PV causa impacto

A reviravolta na direção do PV local provocou impacto em outras frentes diretamente ligadas com o processo eleitoral

Publicado em 30/08/2011 às 23:36Atualizado em 19/12/2022 às 22:33
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A reviravolta na direção do PV local provocou impacto em outras frentes diretamente ligadas com o processo eleitoral do ano que vem. Parte dos integrantes de um grupo pluripartidário que vinha se reunindo semanalmente há alguns meses – inclusive alguns dos novos verdes – para debater filiações e a viabilidade de candidaturas a vereador resolveu mudar de rota. Os dissidentes, que pedem para não ser identificados, revelam que a estratégia usada para tomar o comando da agremiação gerou insatisfação.

Além disso, esse grupo já vinha notando que algumas conversas internas estavam vazando – arranhando a imagem do movimento – e, agora, parte de seus integrantes associa ao pessoal que tomou o comando do PV. Hoje, eles têm nova rodada de discussão, que na prática visa a orientar os pré-candidatos a migrar para determinada sigla na medida de sua capacidade de puxar votos. A matemática só não está totalmente fechada porque ainda falta definir quantas cadeiras estarão na disputa em 2012, se 21 ou 23.

O prazo para as filiações de quem pretende ir às urnas em 2012 termina no dia 7 de outubro. Com validade enxuta – retroativa a 1º de agosto até 30 de setembro –, a nova Executiva do PV vai comandar esse processo, estando já oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Vicente Araújo de Souza Neto (presidente), Ângela Bárbara de Melo Borges (vice-presidente), Victor Hugo Martins Pires (secretário), Luiz Carlos de Oliveira (secretário de finanças) e Cesar Augusto Bizoto (membro) integram o quadro.

Seus antecessores acusam o presidente de agir em conluio com o assessor especial do governador Anastasia, Raul José Belém, o Raulzinho (ex-vereador em Araguari), e desfazer de forma autoritária e cruel o grupo então no comando partidário. “Infelizmente, vemos o PV indo em direção contrária ao que o mundo e o Brasil clamam e necessitam, que é a mudança de paradigma do modelo autoritário de controle absolutista”, dispara Carlos Perez, o Cacá, destituído da presidência da legenda, mas já filiado ao PSDB. Para ele, o partido perdeu a oportunidade de migrar para um modelo de libertação, ética e democracia direta, ouvindo as bases comunitárias, os movimentos sociais organizados e sociedade de um modo geral. Vicente Araújo preferiu o silêncio a conceder entrevista ao Jornal da Manhã.

Segundo Cacá, a Executiva estadual não deu a devida atenção à política diária que vinha sendo praticada pela comissão local. Ele também considera que a saída de Marina Silva do partido contribuiu para essas ações truculentas. O agora peessedebista – que não fala em voltar atrás – diz ainda esperar que o comando estadual do PV mude de ideia e coloque o partido nas mãos de quem estava contribuindo com a sua construção, mas pondera que uma nova reviravolta dependeria de no mínimo um pedido de desculpas. 

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