Consórcio Triângulo, formado pelas empresas Sitran e GCT foi contemplado com aditivo contratual da ordem de R$2,27 milhões. O valor representa 25% do contrato firmado
Consórcio Triângulo, formado pelas empresas Sinalização de Trânsito Industrial (Sitran) e Gerenciamento e Controle de Trânsito (GCT), responsável pela fiscalização eletrônica, foi contemplado com aditivo contratual da ordem de R$2,27 milhões. O valor representa 25% do contrato firmado com o município em 2007.
Este é o primeiro aditivo com o Consórcio Triângulo desde que começou a prestar o serviço de fiscalização eletrônica. De acordo com o extrato contratual, publicado no órgão oficial do município, o jornal virtual Porta-Voz, a Prefeitura de Uberaba coloca como base do reajuste a prorrogação do contrato para mais dezoito meses.
A Sitran - uma das empresas do consórcio - também foi contemplada com dois novos contratos, já homologados na mesma edição do diário oficial. A empresa será responsável pela sinalização vertical, fornecimento e instalação de placas indicativas. O valor do contrato é de R$137,2 mil. Ainda firmou contrato da ordem de R$119,6 mil para a implantação e revitalização da sinalização horizontal por método de aspersão com maquinário próprio, utilizando tinta acrílica. Os serviços vão atender à Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes Especiais, Proteção de Bens e Serviços Públicos (Settrans).
Consórcio é alvo de questionamento. Consórcio Triângulo foi alvo de questionamento pelo vereador Itamar Ribeiro de Resende (DEM) por conta da denúncia levantada em março, pelo programa Fantástico, da TV Globo, sobre a indústria da multa no país. A justificativa dele está relacionada à Perkson - uma das empresas supostamente envolvidas no esquema -, que é responsável pela fabricação dos equipamentos utilizados no município. Em virtude disso, em abril, ele protocolou requerimento junto ao Ministério Público para que o promotor José Carlos Fernandez investigue o contrato com o Consórcio Triângulo. Somente no ano passado, o Consórcio Triângulo aplicou 36.978 multas através dos radares eletrônicos. O montante equivale a R$4.949.684,90. Porém, houve apenas o pagamento de 31.318 das infrações, totalizando uma arrecadação de R$3.776.530,50 em 2010. O valor é pouco superior ao contabilizado em 2009, quando foram aplicadas 29.030 multas eletrônicas. Naquele ano, apenas 26.175 foram recolhidas, gerando uma arrecadação de R$3.007.676,06.