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Número 2 da Previdência é demitido após operação sobre fraudes no INSS; saiba quem é Adroaldo Portal

Agora exonerado, servidor ocupava o segundo cargo mais importante do ministério, foi afastado por decisão judicial e teve prisão domiciliar decretada

Renato Alves/O Tempo
Publicado em 18/12/2025 às 08:36Atualizado em 18/12/2025 às 09:16
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Senador Weverton (PDT-MA) é um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto (Foto/Senado Federal do Brasil)

Senador Weverton (PDT-MA) é um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto (Foto/Senado Federal do Brasil)

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quinta-feira (18/11), nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Agentes foram às ruas para cumprir 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, número dois da pasta, Adroaldo Portal, foi afastado do cargo e colocado em prisão domiciliar. Também foi preso Romeu Carvalho Antunes, filho mais velho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. 

Outro alvo é o senador Weverton Rocha (PDT-MA), líder do seu partido no Senado. Contra ele há um mandado de busca e apreensão. Adroaldo Portal já trabalhou no gabinete de Weverton e ocupou outros cargos do Congresso Nacional ligados a políticos do PDT.

Investigações da PF apontaram que o Careca do INSS esteve com Weverton Rocha. Antunes é apontado como um dos operadores do esquema. À CPI do INSS, ele confirmou que esteve no gabinete de Weverton e foi a um churrasco de costela na casa do senador.

Também é alvo de buscas nesta quinta-feira o advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis que foi preso na fase anterior da Operação Sem Desconto.

Os mandados para a Operação Sem Descontos foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Demissão

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, demitiu nesta quinta-feira (18/12) o secretário-executivo da pasta, Adroaldo da Cunha Portal, poucas horas após a deflagração de uma nova fase da operação da Polícia Federal que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Adroaldo ocupava o segundo cargo mais importante do ministério.

Alvo da operação, o agora ex-secretário-executivo foi afastado do cargo por decisão judicial e teve a prisão domiciliar decretada. Ele deve ser substituído na Previdência pelo procurador federal Felipe Cavalcante e Silva, que atuava como consultor jurídico do ministério.

A demissão ocorreu em meio a uma tentativa do governo de conter danos políticos e administrativos causados pela operação, que atinge diretamente a cúpula do ministério responsável pela gestão do INSS. A Secretaria-Executiva é responsável pela coordenação interna da pasta e pela articulação com outros órgãos do governo.

Quem é Adroaldo Portal

Jornalista, Adroaldo da Cunha Portal construiu uma longa carreira no Congresso Nacional, onde atuou por 23 anos. Desde 1999, ocupou cargos de chefia e coordenação de equipes técnicas, com destaque para a função de chefe de gabinete da Liderança do PDT na Câmara dos Deputados e, posteriormente, para posto equivalente no Senado Federal, durante a última Reforma da Previdência.

Durante o governo Dilma Rousseff, foi chefe de gabinete e secretário-executivo substituto do Ministério das Comunicações. Também presidiu o Conselho de Administração dos Correios e integrou o Conselho Fiscal da Telebras.

Mais recentemente, entre fevereiro de 2023 e maio de 2025, foi secretário do Regime Geral de Previdência Social e, em seguida, assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, do qual foi demitido após se tornar alvo da operação da Polícia Federal.

A Polícia Federal ainda não divulgou detalhes sobre a participação de Adroaldo no esquema investigado. O caso segue sob sigilo parcial, e novas fases da operação não estão descartadas.

Fonte: O Tempo

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