PREOCUPANTE

Ondas de calor levam Conselho de Safra a se reunir para avaliação do quadro municipal

Publicado em 18/12/2023 às 20:10
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(Foto: Ilustrativa)

Uma reunião emergencial dos membros do Conselho de Safra de Uberaba, na manhã desta segunda-feira (18), ligou o sinal de alerta para possível queda na produção da Safra de Verão 2023/2024 no município, em decorrência das repetidas ondas de calor que assolam a região.

Estiveram reunidos representantes da Secretaria do Agronegócio (Sagri), Emater, Sindicato dos Produtores Rurais da Aprosoja Minas. Os conselheiros foram unânimes: a situação das lavouras de soja é preocupante no município e pode levar a uma quebra de até 25% da produção.


Um dos quadros que levam a isso, disse o secretário do Agronegócio, Agnaldo Silva, está na área de replantio que já bateu na casa dos 7%. “Já são 3 mil hectares de lavouras replantadas. Tem produtor que já replantou três vezes e em algumas situações, o agricultor descartou para o replantio, optando pelo plantio de milho”, revelou.


Por ora, adiantou Agnaldo, a Sagri e a Emater vão aproveitar os próximos 20 dias para ir a campo e fazer um levantamento minucioso das lavouras em geral, especialmente as de soja. “Já disponibilizamos até os drones da Secretaria do Agronegócio para que os técnicos possam ter uma visão completa das plantações e não apenas das bordas”, destacou.


A princípio, os conselheiros descartam a emissão de documento a respeito, como um decreto de emergência climática. De qualquer maneira, o presidente do SRU, Marco Túlio Prata, adiantou que a instituição vai enviar orientação a todos os seus produtores. 


“Vamos pedir, por exemplo, que aqueles que tenham financiamentos do Plano Safra, façam relatórios periódicos do estágio de suas lavouras, no sentido de munir de documentos para um eventual acionamento do seguro”, disse o dirigente do SRU, anfitrião da reunião nesta segunda.


Para o representante da Aprosoja, Luiz Carlos Saad, a situação da soja precisa ser acompanhada de perto e a miúdo. Segundo ele, até que as chuvas estão próximas da média, embora em novembro tenha chovido menos. O que preocupa mesmo, acentuou, é a evaporação, é este forte calor. “Antigamente este calor era chamado de veranico, agora é onda de calor que, repetidas vezes, causa problemas graves em nossas lavouras”, ressaltou o dirigente.


Para Saad, como esta foi apenas uma primeira reunião, a cautela indica para estudos mais aprofundados do quadro até a virada do ano. A expectativa, disse, é que novas ondas de calor não venham, porque se o calorão voltar, o documento terá que ser emitido de forma oficial.
Uma próxima reunião ficou agendada para o dia 18 de janeiro de 2024. “O que não inibe um novo encontro emergencial, caso necessário”, disse Agnaldo, esperançoso numa trégua da onda de calor. 

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