Oposição superdimensiona adiamento da unidade de amônia

Prefeito Anderson Adauto (PMDB) atribui ao momento pré-eleitoral a grande repercussão sobre o adiamento do início das operações da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados V (UFN V) pela Petrobras. “Cada vez que as eleições se aproximam, a oposição fica mais ouriçada, dando uma dimensão maior aos fatos do que deveria”, diz.

Para AA, as críticas em torno do assunto vieram de pessoas que querem aparecer em cima do trabalho desenvolvido pela administração municipal, que atuou incansavelmente para confirmar a planta de amônia em Uberaba. Houve até quem dissesse que o investimento teria sido cancelado, entretanto, a estatal confirmou apenas o adiamento de nove meses no plano de negócios com base no déficit da demanda de gás natural no país.

Ainda de acordo com ele, o período é curto se comparado com a grandeza do investimento, que vai demandar um aporte da ordem de R$2 bilhões e gerar 4.700 empregos diretos durante as obras e outros 270 na operação. “Este atraso não é muito para a conquista de um empreendimento deste porte. Não é significativo e não cabe nenhuma crítica”, coloca.

AA também destaca que a Petrobras é uma empresa que atua em diversos países, fazendo com que a programação dos investimentos dependa dos acontecimentos do cenário econômico mundial. Ele ainda comenta que em qualquer tipo de obra – até a reforma de um banheiro – é complicado cumprir o cronograma preestabelecido. “Os atrasos nos planejamentos são absolutamente normais”, reforça.

O prefeito aproveita para informar que o atraso do início das operações da planta de amônia também não prejudica as negociações em torno da fábrica de cimento utilizando a tecnologia chinesa. “O horizonte que tínhamos que era o fim de 2014 e, agora, é meados de 2015. Todos os projetos serão naturalmente redirecionados para esta nova ordem cronológica”, finaliza.