Apesar de rejeição na Câmara de Vereadores, parquímetros devem ser implantados no entorno do Mercado Municipal. Informação é do prefeito Anderson Adauto (PMDB), declarando que o departamento jurídico da Secretaria de Trânsito já manifestou que a Prefeitura não precisa de autorização do Legislativo para implantar o sistema. “Estou agora aguardando um parecer final da Procuradoria Geral do Município. Se for isso mesmo, vou avançar dentro da lógica de fazer experiência”, acrescenta.
Conforme o prefeito, a proposta inicial é implantar o estacionamento eletrônico temporariamente num único ponto da cidade para avaliar os resultados. A ideia seria fazer a experiência na região do Mercado. Quanto à situação dos jovens que trabalham na Área Azul, principal argumento dos vereadores contra os parquímetros, AA argumenta que o Probem tem 600 integrantes, mas apenas 100 estão direcionados para a Área Azul. Segundo Anderson, o número de jovens na rua pode diminuir. Por outro lado, ele assegura que existem outras atividades no programa e as vagas serão mantidas.
AA declara que, após o parecer da Procuradoria, irá comunicar aos vereadores com antecedência sobre a decisão. Além disso, ele defende que também chamará os parlamentares para apresentar e discutir os resultados da medida. “Quero ver se é melhor do que o sistema atual, em que passa dinheiro na mão do menino. Não vamos tirar oportunidade de ninguém”, justifica.
O vice-presidente da Câmara, Afrânio Cardoso Lara Resende (PP), disse que só tomou conhecimento agora da intenção do prefeito. De acordo com ele, os vereadores precisam se reunir esta semana para definir a posição do Legislativo e conferir se realmente não é obrigatória aprovação de projeto na CMU para implantação dos parquímetros. “Vamos estudar se a Prefeitura tem mesmo essa autonomia e ficar atentos”, promete, mas admite não haver muitas alternativas: “Se o governo tiver, pessoalmente, vou respeitar porque não teríamos muito o que fazer”.
O projeto referente ao estacionamento eletrônico foi votado no início de março e rejeitado por 13 votos. Apenas o líder do prefeito, Cléber Humberto Souza Ramos (PMDB), foi a favor, justificando que a medida seria experimental. Na época, AA declarou que Câmara teve uma visão conservadora.