Partidos não têm o hábito de fiscalizar urnas, diz cartorário
Cerca de 900 urnas para as eleições em Uberaba já estão na cidade e passarão pelo processo de preparação, que é aberto aos partidos e à população em geral e passível de auditagem (Foto/Reprodução)
Apesar de ser ato público, os partidos políticos de Uberaba não têm por hábito fiscalizarem o processo de preparação das urnas eletrônicas utilizadas para votação. Durante entrevista ao programa JM News 1ª Edição, da Rádio JM, o chefe do Cartório Eleitoral da 347ª Zona Eleitoral, Alexandre Petermann, falou sobre as possibilidades de acompanhamento do trabalho da Justiça Eleitoral.
Conforme Petermann, antes da eleição existem dois momentos públicos muito importantes, que são divulgados, e a Justiça Eleitoral convida toda a sociedade para acompanhar: a geração de mídias e a carga e lacração das urnas. “A participação é pequena. É um momento em que os partidos políticos podem utilizar sistemas de fiscalização, por exemplo, na geração de mídias, os computadores podem ser auditados”, ressaltou.
Ele ainda destacou que podem ser fiscalizadas e auditadas as assinaturas eletrônicas das urnas. “Todos os dados podem ser verificados após a carga e lacração. Tudo que foi feito nas urnas pode ser verificado. Todo os dados de candidatos e eleitores são verificados”, frisou Petermann.
O chefe do cartório eleitoral ainda lembrou que, no dia anterior à votação, são sorteadas urnas para verificação. “Inclusive, na eleição passada foi sorteada uma urna em Uberaba, que segue para Belo Horizonte, onde voluntários realizam uma votação e outra paralela em cédulas, para comparação dos resultados. No dia da eleição, urnas são sorteadas para uma verificação integral, dentro da seção eleitoral. E os partidos e a OAB são convocados para acompanharem a verificação”, disse.
Sobre a guarda das urnas eletrônicas na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Petermann garante que os equipamentos estão seguros. “É uma tradição na cidade de Uberaba que as urnas sejam guardadas no 4º Batalhão de Polícia Militar (4ºBPM). É tradição, não é obrigação. Neste ano, a Polícia Militar não tinha um local adequado para o armazenamento das urnas, então procuramos outras instituições públicas no município e conseguimos este espaço na UFTM”, relatou.
Segundo ele, as urnas estão sob vigilância 24h, com guarda armada para manter a segurança do equipamento. E a PM faz ronda ostensiva, desde que as 900 urnas foram guardadas nas dependências da UFTM, na Univerdecidade, próximo ao Parque das Barrigudas.