Petista critica fumódromos

Aprovação da lei antifumo no Estado levantou polêmica na Assembleia Legislativa. O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), contra os denominados fumódromos, disse que a lei aprovada não tem avanços significativos.

O deputado fez duras críticas ao conteúdo da proposta. Na opinião dele, a legislação deveria ser efetiva em toda sua amplitude. A lei permite a construção de fumódromos em ambientes fechados, o que para o deputado vai aumentar ainda mais o nível de poluição, inclusive para o próprio fumante. “Além de respirar a fumaça que sai do cigarro, ele respira também a que sai da ponta do cigarro, que é muito mais grave, contém muito mais elementos prejudiciais”, observou.

Segundo Adelmo, análises feitas por Instituto de Engenharia Norte-Americano mostram que os ambientes fechados destinados aos fumantes são ineficazes. O deputado é taxativ “Esta lei não avança de maneira importante. Na verdade, ela quase que só reproduz a Legislação Federal”, destacou.

Na opinião do petista, a única novidade apresentada na lei estadual é a cobrança de multa, mesmo assim observa que a medida não trará resultados desejados. Adelmo ainda cita como exemplo a lei criada no Estado de São Paulo, que não admite fumódromos. “Não existe lugar próprio para fumantes. O cigarro faz mal à saúde. Só no Brasil são 200 mil mortes por ano em função do uso do tabaco”, concluiu.

Para o também petista vereador José Severino Rosa, apesar de a lei em Minas ser menos rigorosa, acredita que qualquer medida que restrinja o uso do cigarro já é uma vitória, principalmente para a juventude. “De cada 10 jovens fumantes, oito já sentem os malefícios do cigarro. O vício, à semelhança da virtude, é um hábito, neste caso prejudicial à saúde, já que uma vez instalado é difícil de combater. O melhor é prevenir e a lei antifumo colabora, pois dificulta o acesso dos jovens ao cigarro”, disse.