PMU contrata gerentes por até R$ 6 mil

Prefeitura está contratando profissionais para assumir gerência de programas municipais. Os salários variam de R$ 3 mil a R$ 6 mil. Iniciativa partiu do prefeito Anderson Adauto (PMDB), que afirma querer pessoas fora do meio político para coordenar ações específicas do plano de governo. No entanto, já existem dúvidas quanto à legalidade dessas contratações na administração pública.   De acordo com AA, a meta é contratar 10 gerentes para atuar em diversas áreas. Ele cita, por exemplo, a necessidade de profissional para a arborização e também na Secretaria de Saúde. “Não que eu queira trocar o secretário de Saúde [Valdemar Hial]”, disse, antecipando especulações sobre o assunto.   Anderson afirma que há áreas vagas no governo e precisam de técnicos competentes para assumir algumas dessas missões prioritárias. “Deve ter muita gente boa, com bastante experiência, desempregada. E, às vezes, não tem relacionamento político comigo. Percebo que no meu meio político está esgotado. Estou procurando gerentes que saibam resolver problemas”, argumenta.   Apesar de bem intencionada, a medida aparenta ser ilegal, conforme apurou o Jornal da Manhã em conversa com especialistas. Um dos profissionais coloca que as contratações devem ser para áreas específicas e o cargo precisa existir no organograma da Prefeitura, entretanto, as vagas foram abertas de forma ampla sem qualificar a formação exigida para a função. Além disso, ele coloca que a PMU tem apenas os cargos de gerente de Unidade Básica de Saúde (UBS), sendo ilegal a contratação para outras gerências sem criação prévia por lei.   O secretário de Administração, Rômulo Figueiredo, disse não ter conhecimento a fundo das contratações em aberto, pois a demanda partiu diretamente do gabinete do prefeito. Entretanto, ele avalia não haver irregularidade. De acordo com Rômulo, existem cargos em aberto compatíveis para abrigar os gerentes, a exemplo de superintendências e diretorias em vários setores.