Poucos vereadores vão à reunião para análise do plano de saúde

Um pequeno grupo de vereadores capitaneados pelo líder governista Cléber Cabeludo (PMDB) sentou-se ontem com representantes do Executivo e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba para dar início à análise do plano de saúde para os trabalhadores da Prefeitura. O projeto de lei que autoriza o município a contratar o serviço já está tramitando no Legislativo e, segundo compromisso firmado entre o presidente da Casa, Luiz Humberto Dutra (PDT) – que fez voo rasante na reunião desta quarta –, e o SSPMU, será levado a votação no dia 5 de setembro.

O plano contempla a todos os servidores ativos da administração direta e indireta, das autarquias e fundações, sejam concursados, seletivos ou contratados. Eles terão 100% das mensalidades custeadas pela PMU, ao custo estimado entre R$60 e R$65, mesmo valor a ser cobrado dos dependentes, ou seja, cônjuges ou companheiros e filhos. Além disso, os trabalhadores da PMU serão responsáveis pelas despesas com as taxas de coparticipação (exames e consultas). Todos esses detalhes ainda estão sendo fechados e constarão apenas do edital para a contratação da operadora.

Para Cléber Cabeludo, é preciso que fique tudo muito claro, “porque depois o servidor vai responsabilizar os vereadores se algo não sair como desejam”, por exemplo, se poderão incluir seus pais como beneficiários do plano. Segundo o consultor Rogério Tauaf Carneiro, existe um estudo em andamento, por solicitação do SSPMU, visando a contemplar aqueles dependentes do imposto de renda. Na sua avaliação, porém, se abrir para todos, o plano pode se tornar inviável face à massa chamada de alto risco por conta da idade.

Representado por sua assessoria na reunião, o vereador Jorge Ferreira (PMN) anunciou que vai apresentar uma emenda ao projeto incluindo como dependentes não só os pais, mas os avós dos servidores. Nesse sentido, o primeiro secretário do SSPMU, Acinério dos Santos Mendonça, conclama os 14 legisladores para que estudem o texto, tirem suas dúvidas para que não prejudiquem os funcionários na hora da votação. Ele diz esperar que a matéria seja aprovada na reunião do dia 5 de setembro – na volta dos trabalhos em plenário – para que seja lançado, na sequência, o processo de licitação para contratação da operadora.

Cléber Cabeludo pondera que o PL tem tudo para começar a ser discutido no mês que vem, “mas dizer que será votado na totalidade em uma única reunião é difícil”. Em que pese não ter comentado a ausência da maioria dos colegas na reunião de ontem, o presidente da Comissão de Saúde da CMU deixou claro que todos devem tirar suas dúvidas para votar conscientes. Outros integrantes do colegiado – Samuel Pereira (relator) e José Severino (suplente) – acompanharam as primeiras tratativas sobre o projeto e, além deles, os vereadores Almir Silva (PR) e João Gilberto Ripposati (PSDB). Marcelo Borjão (PMDB) também enviou representante. Já o secretário Rômulo Figueiredo (Administração) considera saudável a discussão e diz esperar que a Câmara atenda aos servidores aprovando a matéria.