Política e religião se misturaram ontem no plenário da Câmara, quando o projeto de inclusão da Semana do Orgulho GLBT no calendário de eventos oficiais do município era discutido. Matéria foi aprovada com votos contrários de Samuel Pereira (PR) e José Severino (PT), por questões religiosas. O petista disse ser católico fervoroso, e o republicano, presbítero evangélico, declarou que o assunto feria os preceitos das expressões de fé por ele praticados. Jorge Ferreira (PMN) considerou ser a elevação de um dia de manifestação para uma semana exagero, abstendo-se de votar. Entretanto, escorregou feio na argumentação ao justificar que a atitude não traduz preconceito. “Tenho um filho pequeno e até eu mesmo, no futuro, posso mudar de opção sexual”, disse.