Presidente do PV nega traição e diz estar conversando com PT e PCdoB em Uberaba

Liderança do PV em Uberaba afirma estar em conversa direta com os dirigentes locais do PCdoB e do PT para tratativas com foco na eleição municipal do ano que vem. As três siglas formaram uma federação em 2022 no âmbito nacional, porém, o PV foi acusado de não caminhar com a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no município.

Em entrevista à Rádio JM, o presidente do PV em Uberaba, Glauber Fachinelli, alegou estar trabalhando alinhado com as diretrizes da instância estadual e federal do partido e assegurou que há um contato estabelecido com as lideranças locais tanto do PT quanto do PCdoB para tratar o projeto referente à eleição de 2024. “Estamos construindo uma participação que seja efetiva, principalmente para o governo municipal do ano que vem. Estamos alinhados com a federação e conversando com as pessoas de direito dentro da federação”, argumentou.

Aliado ao grupo político de Paulo Piau, Glauber rebateu a acusação do ex-prefeito Anderson Adauto (PCdoB) de que o PV teria traído a federação.

Segundo o dirigente do Partido Verde, as críticas parecem uma tentativa de desconstrução da sigla e uma manobra para contaminar a condução da aliança que está em andamento. “É irresponsável criticar a gestão de um partido de que nem faz parte. O que a gente traduz disso é uma desconstrução provocada pela mágoa de não ter conseguido se apoderar da sigla, apesar das tentativas que fizeram”, alegou.

Quanto ao apoio do PV a uma eventual candidatura de AA para prefeito pela federação, Glauber declarou ser prematuro falar de nomes no momento. “Nome desagrega, temos que falar de projeto. Quem será o representante desse projeto? Temos elementos técnicos para definir como pesquisas e questões jurídicas. Por isso, evito levantar qualquer sinalização de nomes de candidatos”, esquivou-se.

Além disso, o líder do PV em Uberaba defendeu que as decisões do grupo deverão ser tomadas em conjunto, respeitando a voz da maioria e sem imposições. “A federação não tem um dono. Nada será definido de forma impositiva para atender a vontade de A ou B”, disse.

Mesmo afirmando que a atuação local segue o alinhamento com a direção estadual e federal do PV, Glauber declarou que respeitaria uma eventual decisão de troca no comando em Uberaba se as lideranças entenderem que o partido não está sendo conduzido de acordo com o esperado.