Professores contestam Informações do Estado

Professores em greve das escolas estaduais de Uberaba contestam nota de esclarecimento divulgada pela Secretaria de Estado da Educação em matéria publicada pelo JM na edição de sábado. A presidente do Sind-UTE Sônia Regina Monte, diz ser a justificativa, um engodo à população mineira mascarando os índices reais de composição salarial.   A nota divulgada pela Secretaria de Educação informa a existência do piso salarial nacional valorado em R$ 1.024,67 calculado pelo MEC com vigência desde 1º de janeiro deste ano. A dirigente sindical discorda do valor afirmando que a proposição elaborada pelo Executivo determinou que o salário dos trabalhadores, em educação, fossem baseados no custo aluno atingindo R$ 1.312,85 e não a referência divulgada.   Este valor também é destinado para os profissionais com até 40 horas e após este tempo, incide-se hora extra que não é paga pelo governo mineiro. Segundo a presidente do Sind-UTE, até o julgamento do mérito da ação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os Estados podem incorporar as gratificações e vantagens no vencimento básico.   Quanto aos índices de reajustes concedidos para as funções de Analista da Educação Básica (15,5%), Analista Educacional (72%) e Assistente de Educação (27%) divulgados pela Secretaria de Educação, Sônia Regina rebate. Como exemplo cita a função de assistente cujo salário base é R$ 334,05. Para atingir o salário mínimo, segundo ela, o governo incorporou aos vencimentos, a Vantagem Temporária Integral (VTI) adicionando outros benefícios totalizando R$ 577. A somatória realmente totaliza os percentuais divulgados. O que a Secretaria não informou, segundo a dirigente sindical é o valor aviltante utilizado como base para reajuste.   As justificativas do governo do Estado provocaram reação no comando de greve que está distribuindo carta aberta à população de Uberaba esclarecendo a situação da categoria. O assunto será discutido em assembleia hoje às 13h30 no Sindicato dos Bancários. O horário foi modificado para possibilitar os grevistas a percorrerem escolas diariamente comunicando as decisões do movimento.