A implantação do gasoduto volta a ser considerada diante das notícias de realização de audiência pública sobre a construção de térmica em Brasília, marcada para 12 de março (Foto/Reprodução)
Projeto de construção de termoelétrica em Brasília pode reacender as articulações para a construção do gasoduto projetado pela TGBC, que sai do interior de São Paulo e passa pelo Triângulo Mineiro para chegar ao Estado de Goiás e ao Distrito Federal.
Segundo notícias veiculadas em jornais de Brasília, audiência pública sobre a construção de uma térmica em Brasília foi marcada para o dia 12 de março. O projeto prevê a conexão da UTE Brasília, de 1.470 MW, ao gasoduto Brasil Central, da TGBC.
Encabeçado pela Termo Norte Energia, a térmica tem consumo estimado de 5,80 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia e seria abastecida pelo gasoduto Brasil Central, que vem sendo discutido há mais de 10 anos e até hoje não saiu do papel.
O projeto da TGBC foi o primeiro a ser citado quando houve a assinatura do protocolo de intenções entre a Petrobras e o governo estadual para a construção da fábrica de amônia em Uberaba. Entretanto, o duto da TGBC acabou sendo deixado de lado por alternativas como o ramal de Ribeirão Preto (SP) e a proposta do ex-governador Antônio Anastasia (PSDB) de trazer o gás de Betim. Nenhuma avançou.
A TGBC, por outro lado, concluiu o licenciamento ambiental do gasoduto no passado e cumpriu todo o processo burocrático para conseguir a autorização da ANP para a abertura da chamada pública. O procedimento para a comercialização do gás foi até realizado em 2014 e apenas a Gás Brasiliano – empresa pertencente à Petrobras – manifestou interesse em contratar a capacidade do duto, mas a proposta foi considerada inviável e o processo, cancelado.
Mesmo assim, a empresa seguiu com as articulações para retomar o projeto e até conseguiu a prorrogação da licença ambiental até 2019. Desde então, não há nova movimentação no sistema do Ibama em relação ao processo. (GB)