PV assedia Tony Carlos, que enfrenta barreiras

Faltando pouco mais de dois meses para encerrar o prazo de filiação de quem pretende disputar as eleições do ano que vem, o que se percebe é o estreitamento das negociações entre pré-candidatos e os partidos políticos. Um exemplo claro envolve o PV e o vereador Tony Carlos, que já disse – e repetiu mais de uma vez – que quer sair para prefeito, mas enfrenta barreiras em sua própria agremiação, o PMDB. A legenda, afirmou, já tem um nome para a disputa, do deputado federal Paulo Piau, e se não houver uma mudança de rota nos próximos dias, a saída é buscar abrigo em outra sigla.

Tony não faz segredo que tentou migrar para o PSD – partido em fase de criação –, onde se deparou com o pré-candidato Almir Silva (PR), seu colega de Câmara, obrigando-o a outra alternativa. Foi então que o PV surgiu nessa história. Ex-filiado à agremiação, onde “entrou pelo lado errado” à época, segundo palavras do vice-presidente Carlos Nogueira, o vereador agora busca acertar os ponteiros com os verdes, mas não esconde que vai negociar com outras legendas.

Quais, ele não quis adiantar, mesmo porque ao conceder a entrevista ao Jornal da Manhã estava ladeado pelo presidente do PV, Carlos Perez, o Cacá, e pelo vice. O dirigente partidário assegurou que a agremiação está de portas abertas para o vereador, o qual considera coerente e com bom trânsito nos governos federal e estadual. As conversas com Tony prosseguem nesse fim de semana, sendo que ele reitera que tudo ainda é muito preliminar, embora ciente de que trava uma corrida contra o tempo.

Com 22 anos de exercício da vereança, o ainda peemedebista diz estar preparado para ser prefeito. “Preferia ficar em casa, mas reconheço a força do Piau no diretório”, diz um Tony entre resignado e decidido a amarrar a sua candidatura, “no PMDB, no PV ou em qualquer outro partido”.