Votação de Moções de Repúdio contra os governos municipal, estadual e federal causou polêmica na sessão ordinária da Câmara de Vereadores ontem.
As moções foram oferecidas pelo vereador Marcelo Machado Borges (PMDB) contra a falta de valorização aos profissionais da Educação. Além da baixa remuneração, o vereador destacou ainda as condições de trabalho que a categoria enfrenta. O documento foi apresentado em plenário há duas semanas e contou com a assinatura dos vereadores Samuel Pereira (PR), Itamar Ribeiro de Rezende (DEM), Jorge Ferreira (PMN), Lourival dos Santos (PCdoB), Almir Silva (PR) e Carlos Alberto de Godoy, mas só foi votado ontem.
Um pouco antes da votação, os vereadores Samuel, Jorge e Almir pediram para retirar seus nomes das moções destinadas ao prefeito Anderson Adauto (PMDB) e ao presidente Lula (PT). Sem o apoio destes parlamentares, reza o regimento interno da Casa que a moção deixa de ser apreciada, o que causou revolta por parte do vereador Borjão.
Os ânimos ficaram ainda mais exaltados quando, ao votar a moção contra o governador Aécio Neves, os vereadores mantiveram suas assinaturas, além dos vereadores Cléber Cabeludo (PMDB) e Tony Carlos (PMDB) se oferecerem para engrossar a fileira, o que levou Borjão a criticar os colegas, alegando que queriam julgar o partido, deixando de lado a importância do assunto. “Isto é um desrespeito com os profissionais da Educação. A impressão que eu tenho é que vocês têm cabresto”, esbravejou o vereador. Borjão afirmou ainda que faltou coerência por parte dos parlamentares e, por este motivo, decidiu retirar a moção contra o governo do Estado, que também acabou não sendo votada.
O vereador Almir Silva tentou rebater as acusações do colega, mas o presidente da Casa, Lourival dos Santos (PCdoB), deu o assunto por encerrado, passando para a votação de requerimentos.