Com determinação do Ministério Público para regularizar a situação dos permissionários do camelódromo, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) já está cruzando números com a Secretaria da Fazenda (Sefaz) para apurar a dívida dos usuários. Assim como no Ceasa, os comerciantes deveriam pagar uma tarifa por uso do espaço, mas não houve cobrança nos últimos 10 anos. De acordo com a titular da Seds, Maria Thereza Rodrigues da Cunha, o promotor José Carlos Fernandes questionou a situação por causa da renúncia de receita e pediu o recolhimento da tarifa. A secretária defendeu, no entanto, que muitos lojistas fizeram reforma nos boxes e investiram no local. Por isso, a proposta é fazer um encontro de contas: o valor aplicado no bem público e o montante devido por permissionários. “Assim seria zerada a dívida e a partir daí será fixada a taxa”, declara. Maria Thereza informa que levantamento com o perfil social dos permissionários foi apresentado à promotoria e, no momento, houve receptividade à proposta de acerto. Porém, ela avalia que é preciso verificar a diferença entre o débito existente na Sefaz e o investimento feito por permissionários. “Nós fomos acionados por causa da renúncia de receita feita há mais de 10 anos. Acredito que os valores estarão equilibrados. Agora, se por acaso ao final, os relatórios mostrarem que a dívida ainda é grande com a Prefeitura, vamos estudar”, ressalta. A expectativa é terminar esta etapa de cálculos nos próximos 20 dias. Só a partir daí, será decidido sobre a cobrança daqui para frente no camelódromo.