Semana da Consciência Negra deveria ter contas prestadas

Prazo para apurar irregularidades em convênio no valor de R$ 300 mil firmado entre Prefeitura e Ceneg foi estendido por mais um mês. Auditoria decidiria no fim de março se a verba foi usada indevidamente ou não, mas portaria garantiu prorrogação de 30 dias para concluir o relatório.   Apesar do prazo, o presidente da comissão responsável pela auditoria, Nelson Claro da Silva, afirma que o resultado poderá sair já nesta semana. De acordo com ele, a análise de documentos e da prestação de contas está pronta e resta apenas o parecer jurídico. No entanto, por causa do feriado e viagens dos membros da comissão não haveria tempo hábil para fazer o cruzamento dos dados e apresentar a decisão final. “Mas não vamos chegar no prazo-limite”, afirma.   Nelson declara que o responsável pelo convênio, Adélio Leocádio Silva foi notificado e se manifestou por telefone à comissão. Adélio não sabia da prorrogação. Ele afirma que já apresentou defesa por carta à auditoria. Na justificativa, ele alega que era diretor administrativo do Ceneg à época, mas as licitações foram realizadas por meio da Secretaria Municipal de Governo, assim como os contratos firmados para realização da Semana da Consciência Negra em 2004 e até a prestação de contas. Por isso, as informações não deveriam ser cobradas dele e sim do ex-secretário de Governo, Alexandre Fontes.   A PMU liberou verba para realização da Semana da Consciência Negra, em novembro de 2004. No entanto, há problemas nos relatórios de prestação de contas do Ceneg. Auditoria foi aberta em abril de 2009, pois constatou-se a existência de disparidades entre o valor repassado e a prestação de contas entregue pela entidade.