Senador Alexandre Silveira esteve em Uberaba no fim de semana, quando participou de atos políticos de seu partido e também de aliados (Foto/Reprodução)
Em visita a Uberaba no último fim de semana, o senador e candidato à reeleição Alexandre Silveira (PSD) criticou a Medida Provisória que adia o socorro ao setor cultural e defendeu que o texto seja devolvido ao Palácio do Planalto por ser um desrespeito ao Congresso Nacional.
O parlamentar afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) desrespeita a democracia ao usar a Medida Provisória para adiar o pagamento do auxílio já aprovado pelo Legislativo. Por isso, ele defende que a MP deveria ser devolvida ao governo, sem sequer ser analisada pelo Congresso.
No entanto, Silveira ressaltou que a decisão sobre a devolução da MP cabe exclusivamente ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Caso o texto seja efetivamente recebido para análise, o parlamentar posicionou que haverá uma mobilização para derrubar a Medida Provisória. “Vou ajudar a derrubar essa MP no plenário para que o Presidente da República entenda definitivamente que vivemos em uma democracia e a Casa Legislativa deve ser respeitada, porque é mais direta e mais próxima da população”, disse.
A devolução da MP também foi defendida esta semana pelos demais senadores da ala de oposição ao governo Bolsonaro. Em pronunciamentos e também por requerimentos, Zenaide Maia (Pros-RN), Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN), Fabiano Contarato (PT-ES), Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) pediram ao presidente do Senado que devolva o texto.
Até o momento, não houve manifestação de Pacheco sobre o assunto. Em paralelo, a bancada de oposição também está fazendo uma análise jurídica sobre constitucionalidade da MP.
Na passagem por Uberaba, Silveira também avaliou as últimas pesquisas eleitorais que o colocam como segundo colocado na disputa para o Senado. De acordo com ele, os levantamentos ainda não retratam o início da campanha eleitoral nas ruas e a perspectiva é que os números sejam diferentes até o fim do mês.