Manifestação ocorreu na Assembleia Legislativa, durante audiência pública, com a presença da secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto (Foto/Guilherme Dardanhan/ALMG)
Servidores da segurança pública do Estado lotaram ontem o auditório da Assembleia Legislativa para cobrarem reajuste salarial e ameaçaram “operação tartaruga” para pressionarem o governo mineiro a conceder a recomposição de perdas inflacionárias à categoria. A manifestação ocorreu durante audiência realizada pela Comissão de Segurança Pública, que contava com a presença da secretária estadual de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto.
Na reunião, a secretária alegou que a desoneração fiscal sobre combustíveis, energia e telecomunicações levou o Estado de Minas Gerais a perder 10% da receita de ICMS durante o primeiro trimestre deste ano. Segundo ela, embora o governo esteja buscando valorizar os servidores públicos, a situação financeira ainda não torna possível a recomposição para a segurança pública. No entanto, ela manifestou que estudos nesse sentido continuarão a ser feitos.
Diante do posicionamento, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas (Sindpol), Wemerson de Oliveira, afirma que uma assembleia geral deve ser convocada nos próximos dias para deflagar ou não a “operação tartaruga” nas delegacias.
O presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Ailton Cirilo da Silva, também se manifestou cobrando do governo a criação de uma comissão permanente de negociação para que se evite, anualmente, o desgaste em torno da recomposição para a categoria.
As forças de segurança pública reivindicam a recomposição de um saldo de 35,44% em perdas inflacionárias acumuladas entre 2015 e 2022.