Segundo a controller Júnia Camargo, os primeiros passos foram solicitar documentos para análise e, também, realizar uma visita in loco para coletar informações.
Com sindicância instaurada para apurar caso de aluno autista que teria sofrido maus-tratos em Cemei, Controladoria-Geral do Município dará início a oitivas para verificar se houve condutas irregulares na unidade escolar onde o fato ocorreu.
Segundo a controller Júnia Camargo, os primeiros passos foram solicitar documentos para análise e, também, realizar uma visita in loco para coletar informações. Agora serão realizadas oitivas com os servidores que tenham envolvimento direto com o caso.
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A controladora manifestou que a perspectiva inicial é oito servidores, sendo seis da equipe da unidade escolar que possivelmente estavam em contato com essa criança e outros dois da Secretaria de Educação responsável pela coordenação dos professores de apoio. “Na medida que formos ouvindo as pessoas, pode ser que alguns tragam outros fatos e a comissão tenha que ampliar as oitivas”, disse.
Segundo Júnia, os depoimentos estão previstos para começar a partir do dia 25 de janeiro, pois a maioria dos servidores ainda estava de férias devido ao recesso escolar.
A comissão tem prazo até o fim de março para concluir a sindicância, mas existe a possibilidade de prorrogação. Mesmo assim, a expectativa da controladora é finalizar a apuração do caso até a data-limite inicial.
Questionada, a controller esclareceu que não há servidores específicos em investigação. Segundo ela, a sindicância foi instaurada para verificar se houve omissão de algum profissional envolvido no caso. Somente se forem detectadas falhas na conduta a partir da apuração, será aberto processo administrativo disciplinar individual. “Hoje não temos indício de que isso ocorreu”, acrescentou.
A sindicância foi instaurada por meio de portaria publicada no dia 23 de dezembro, após denúncia contra professora por suspeita de maus-tratos contra criança autista em um Cemei (Centro Municipal de Educação Infantil).
O caso gerou repercussão após um vídeo ser espalhado nas redes sociais, mostrando a imagem de um menino em uma área aberta da unidade de ensino, sem roupa, enquanto a professora jogava água nele com balde. A gravação foi feita por vizinha do Cemei e encaminhada aos pais da criança, que registraram boletim de ocorrência na Polícia Militar.