Situação de Borjão

A Comissão de Ética da Câmara deverá se reunir hoje para decidir qual posição vai tomar no caso do vereador Marcelo Borjão (PMDB), flagrado xingando o colega Jorge Ferreira durante a última reunião plenária do mês passado. O colegiado, formado por Afrânio Cardoso de Lara Resende, do PP (presidente), José Severino Rosa, do PT (relator), e Almir Silva, do PR (vogal), vem discutindo a questão desde a semana retrasada, quando foi instaurado um procedimento preparatório visando a apurar se o peemedebista quebrou o decoro parlamentar ao pronunciar o palavrão em plena sessão, com direito a transmissão ao vivo pela TV Câmara.

A comissão já se reuniu com Borjão, que reiterou pedido de desculpas pelo ato, com o compromisso de não repetir tal comportamento – vale citar que o vereador também integra este colegiado, na condição de suplente. O presidente Afrânio entende que ele cometeu um deslize, sendo uma advertência a punição mais adequada ao caso.

Mas Borjão deverá enfrentar outra investigação no âmbito deste colegiado, a pedido do presidente da Câmara, Luiz Humberto Dutra (PDT). O pedetista quer que seus pares apurem se o peemedebista quebrou o decoro ao denunciar o Legislativo ao Ministério Público por conta de publicidades da CMU em uma revista de Fernandópolis (SP) e em um jornal de Perdizes. Apesar das negativas da Mesa Diretora da Casa de que não havia irregularidades nesses procedimentos, o vereador insistiu na denúncia, que posteriormente foi arquivada pelo MP. Por esse motivo, Luiz Dutra quer a intervenção da Comissão de Ética no caso, sendo que o presidente e o peemedebista vêm se estranhando já há algum tempo na Câmara.