Denúncia feita por diretor e concorrente pela presidência da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, alega que a atual administração realizou, supostamente, pagamentos irregulares à empresa do atual presidente da instituição, Rivaldo Machado Borges. As informações foram prontamente rebatidas pela ABCZ, que nega e ressalta que as contas foram aprovadas pela diretoria.
Segundo as alegações Garcia, a empresa Uberserra teria, supostamente, recebido R$1 milhão em notas pagas pela ABCZ. O informativo divulgado afirma que as vendas da “empresa do atual presidente multiplicou por 4x” através da ABCZ, o que resultaria em um aumento de 300% em menos de três anos. Ainda, de acordo com Garcia, a empresa teria recebido R$500 mil em um mês, em pagamentos da ABCZ, “desrespeitando princípios elementares do Código de Ética, como da Impessoalidade, Transparência e Conflito de Interesses”, afirma a chapa concorrente.
A chapa ainda acusa a atual gestão de, supostamente, ter autorizado diversos gastos acima do limite sem apresentação prévia de orçamento para aprovação da diretoria e sem revelar aos diretores que muitos desses gastos tinham a empresa pessoal do presidente como fornecedora, ignorando regras do instituto. No entanto, o documento não especifica ou pontua as ocasiões onde a quebra de protocolo teria acontecido.
Outra pontuação feita é referente ao, suposto, uso do dinheiro da Associação “para compra de presentes para filha de aliados bem como gastos de campanha com recursos da Associação” que ainda estariam em apuração.
Na noite de sexta-feira (19), a ABCZ divulgou um comunicado do Alto Conselho Ético onde alega que não foram identificados desvios éticos ou quaisquer irregularidades nos pagamentos à empresa Uberserra. “Após completa investigação da notícia, inclusive com franqueamento e análise de documentos e oitiva de funcionários da casa, com franca e efetiva participação do Doutor Frederico Diamantino, advogado do Diretor Gabriel Garcia Cid, não foram identificados desvios éticos ou quaisquer irregularidades nos pagamentos à empresa Uberserra. Destacando-se que a empresa Uberserra na quase maioria absoluta das compras não tem relações comerciais diretas com a ABCZ, tendo sido escolhida como fornecedora de materiais pelos construtores vencedores, participantes de regular concorrência de preços”, alega a instituição.
Ainda, o conselho afirma que todas as denúncias recebidas são tratadas de forma confidencial e restrita. Porém, com a postagem da atual denúncia nas redes sociais, pelo denunciante, “o Alto Conselho Ético vem disponibilizar a presente ementa, com o objetivo de dar ciência a todos os associados quanto ao arquivamento da denúncia”, explica a ABCZ.