Auditoria do TRE-MG aponta indícios de irregularidades e fraudes na prestação de contas da coligação Todos Juntos por Minas
Auditoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) aponta indícios de irregularidades e fraudes na prestação de contas da coligação "Todos Juntos por Minas", encabeçada por Hélio Costa (PMDB), então candidato ao Governo do Estado. O relatório, com 20 folhas, recomenda à Corte a desaprovação das contas do peemedebista – e de seu vice, Patrus Ananias (PT) –, cujo coordenador de campanha foi o prefeito de Uberaba e seu correligionário Anderson Adauto.
Entre as supostas irregularidades estão notas duplicadas com valores diferentes, dados de doares divergentes dos registros da Receita Federal, omissão de gastos, doação para fonte vedada e pagamentos feitos a prefeituras em nome de prestadoras de serviços. Além disso, conforme o relatório de diligências da Secretaria de Controle Interno e Auditoria do TRE, a prestação de contas do candidato apresenta-se, de maneira geral, confusa e contraditória, impedindo uma análise segura da movimentação de recursos no decorrer da campanha.
Durante a análise dos dados pelo TRE, foram solicitadas e apresentadas quatro prestações de contas retificadoras, todavia, segundo a auditoria, os esclarecimentos prestados foram insuficientes para o saneamento das falhas.
O relatório será analisado, agora, pelo Ministério Público Eleitoral e posteriormente retorna ao TRE para ser julgado. Em havendo a desaprovação das contas de Hélio e Patrus – mesmo com a derrota no pleito –, eles podem ser enquadrados na Lei da Ficha Limpa e ficar inelegíveis por oito anos. A defesa do peemedebista alega erros de digitação na documentação contábil. Vale lembrar que a campanha deixou dívidas de R$3,8 milhões com fornecedores e prestadores de serviços.