Uberaba firma TAC para adequar Uberabão às normas de acessibilidade até 2026

O Município de Uberaba e a Fundação Municipal de Esportes e Lazer de Uberaba (Funel) celebraram, perante o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) 009/2025, assumindo as obrigações necessárias para a completa adequação do Estádio Municipal Engenheiro João Guido, mais conhecido como Uberabão, às normas de acessibilidade vigentes. 

O compromisso estabelece a execução das obras de adaptação estrutural até fevereiro de 2026, com cronograma físico-financeiro definido, relatórios técnicos periódicos e fiscalização da 14ª Promotoria de Justiça de Uberaba.  

O acordo busca assegurar que o Uberabão se torne um espaço inclusivo, acessível e seguro para todos os cidadãos. Segundo o promotor de Justiça José Carlos Fernandes Júnior, a iniciativa representa um avanço significativo na efetivação de direitos fundamentais.

“Este TAC não é apenas o cumprimento de uma obrigação legal. É um compromisso público com a dignidade e a inclusão”, ressaltou José Carlos Fernandes. 

Em caso de descumprimento, o documento prevê multa diária de R$10 mil, limitada a R$500 mil, revertida ao Fundo Especial do Ministério Público (Funemp). O TAC será submetido à homologação judicial. 

O início da sua construção pela iniciativa privada remonta a 1961, quando o loteamento do bairro onde se insere foi lançado com o slogan “o estádio monumental é pra valer”. A cava em pedra com o formato inclusive do fosso ficou anos sem investimento.

Seu projeto estima que o estádio teria a capacidade de 45 mil pessoas e seria todo coberto. As obras foram retomadas após negociação com a Prefeitura Municipal de Uberaba, proprietária do estádio, e foi inaugurado em 1972.

Em abril de 1976, o estádio registrou um público recorde de 32.700 espectadores, durante uma partida entre o Uberaba e o Cruzeiro, válida pelas semifinais da Taça Minas Gerais de 1976. Atualmente, a capacidade do estádio é de 15 mil espectadores.

O seu nome é uma homenagem posterior à inauguração e ao mandato do engenheiro João Guido, quando ele tornou o imóvel público e retomou a construção.