PREVISÃO

Uberaba pode repetir fracasso nas urnas e não eleger em 2026, alerta analista político

Fabiano Elias ressalta a necessidade de recuperação da credibilidade dos políticos locais junto às classes C e D

Dandara Aveiro
Publicado em 01/08/2025 às 10:13Atualizado em 01/08/2025 às 21:15
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Segundo o consultor Fabiano Elias, a fragmentação do eleitorado e o desinteresse pelas pautas locais favorecem nomes de fora (Foto/Reprodução)

Com a aproximação das eleições de 2026, Uberaba corre o risco de repetir o cenário de baixa representatividade política. A avaliação é do consultor Fabiano Elias, que aponta o descrédito popular, especialmente entre as classes C e D, e a falta de articulação regional como entraves para a eleição de candidatos locais.

Em entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM, Elias foi categórico: “Os prefeitos da região já fecharam compromissos em 2024 com deputados que os ajudaram nas eleições municipais. Enquanto isso, Uberaba não tem mandatário, então qualquer nome daqui já entra na disputa com dois passos atrás.”

Segundo ele, a fragmentação do eleitorado e o desinteresse pelas pautas locais favorecem nomes de fora. “Nós vamos continuar votando em pastores de Governador Valadares, defensores de animais de BH e até centroavantes do Atlético ou do Cruzeiro. Enquanto isso, Uberaba segue sem representação e sem recursos.”

Para o consultor, mesmo iniciativas como o movimento Uberaba Já, que busca fortalecer candidaturas locais, esbarram na falta de estrutura partidária e na ausência de um projeto coletivo com alcance regional. “As classes C e D estão desacreditadas nos políticos daqui. Elas migram facilmente para um ex-jogador, um contador de piada, ou para nomes midiáticos que não têm compromisso com a cidade. Então, é muito difícil que uma nova liderança surja e se eleja em Uberaba sem apoio político, partidário e sem um projeto coletivo que envolva também municípios vizinhos. E, para 2026, não há mais tempo de construir esse capital político do zero.”

Apesar do cenário desfavorável, Elias vê espaço para nomes tradicionais. Ele cita o ex-deputado estadual Tony Carlos como um dos poucos com densidade eleitoral entre as classes populares. “Ele perdeu por pouco para alguém que estava na máquina. Não pode ser descartado.”

Para reverter o quadro, Elias defende que as campanhas se comuniquem melhor com o eleitorado decisivo. “A comunicação precisa alcançar quem decide as eleições. Nas classes C e D é onde essa informação não está chegando. O WhatsApp é muito importante, o YouTube é muito importante, o Facebook, o Instagram… então é preciso ter a estratégia certa para a campanha de eleição chegar até essas pessoas”, finalizou.

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