Vereador Paulo César Soares aceitou o pedido de desculpas do colega Cabo Diego em plenário, mas não desistiu de acionar Comissão de Ética (Foto/Rodrigo garcia/CMU)
Apesar do pedido público de desculpas proferido pelo líder da prefeita, vereador Cabo Diego Fabiano (DC), ao colega Paulo César Soares China (PCdoB) no Plenário do Legislativo, o segundo não desistiu de acionar a Comissão de Ética, mesmo tendo aceitado e dito durante a sessão não guardar mágoas. A assessoria jurídica do vereador China garantiu que, na reunião de segunda-feira (11), fará o protocolo no colegiado.
A presidente da Comissão, vereadora Denise Max (PRD), informou ao Jornal da Manhã, na quinta-feira (7), que não havia recebido nenhuma notificação formal e que conversaria com os dois colegas de Câmara, acreditando que tudo poderia ser resolvido em ambiente de cordialidade.
Após a troca de farpas entre os vereadores na Tribuna Livre da CMU, o líder do governo pediu desculpas ao colega, o que foi aceito, em plenário. No entendimento de Denise Max, a paz estaria selada na Casa.
Porém, no início da noite de sexta-feira (8), após ter conversado com a reportagem do JM, Denise recebeu, através de aplicativo de mensagem, a representação que será protocolada na Comissão de Ética.
China pede providências ao colegiado, pelo fato de o vereador Diego Fabiano apresentar em plenário um Boletim de Ocorrência que registrava a prisão dele, no ano de 2020, por prática de Boca de Urna naquela eleição.
Na representação, China diz que o colega usou um vernáculo depreciativo em relação à sua imagem, quando disse que “em uma viatura de polícia, vão na parte da frente do veículo os policiais e na parte traseira, os presos”.
Para China, houve uma clara manifestação com o intuito de denegrir sua imagem e submetê-lo a constrangimento moral e exposição pública, que na opinião do vereador violaria a Lei de Proteção de Dados.
Em outro ponto da fala de Diego Fabiano, China destaca que o líder do governo teria afirmado ter conhecimento de envios de mensagens para secretários municipais, nas quais o vereador do PCdoB solicitava contratação de indicados para ocuparem cargos comissionados no Executivo.
Em sua representação, China alega que os contatos entre membros do Legislativo e Executivo são institucionais e devem ser tratados como sigilosos, especialmente pelo líder do governo.
A reportagem do JM apurou que China solicitou ao seu advogado particular que estude a possibilidade de representar na Justiça contra o vereador Diego Fabiano.
O líder do governo foi contatado pela reportagem, através de aplicativo de mensagem, mas até o fechamento desta matéria não havia recebido retorno. O espaço fica aberto para manifestação do vereador Diego Fabiano.