Vereadores criticam medida do Executivo

Presidente da Comissão de Assistência aos Servidores Municipais, o vereador Marcelo Borjão (PMDB) não deixou passar em branco, no plenário, o caso da professora Maria José Ribeiro, que foi exonerada do cargo de diretora da Escola Municipal Santa Maria porque não compareceu a uma solenidade oficial da Prefeitura. Em poucas palavras, ele conclamou os colegas a se aprofundarem na questão, que chamou de injustiça diante ao trabalho que a educadora vem desempenhando na instituição de ensino.

Borjão questiona até mesmo se há algum outro motivo para a exoneração, pois “a folha de serviços da diretora a credencia pelo menos a ser tratada com mais respeito e consideração por parte da administração”. Como exemplo, o peemedebista citou que Maria José conseguiu tirar a escola de uma nota 2,8 para 5,7 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador do Ministério da Educação cuja nota máxima é 6. Ele acompanhou a manifestação em prol da professora ontem à noite.

Itamar Ribeiro de Resende (DEM) também questiona se não há motivação política por trás desta ação, levando-se em conta a competência da profissional. Para ele, a atitude do prefeito Anderson Adauto (PMDB) é “lamentável e truculenta”, e demonstra despreparo para dirigir uma cidade com 300 mil habitantes. O democrata diz esperar que os integrantes da Comissão de Educação e Cultura da Casa e os demais vereadores façam um movimento para que AA reveja sua decisão e reconduza Maria José ao cargo de direção.

Presidente desta Comissão, professor Godoy (PTB) conta que está buscando informações sobre o caso e que já conversou com o secretário de Educação, José Vandir. Segundo o petebista, o titular da Pasta confirmou que a exoneração se deu por causa da ausência da diretora no evento de entrega dos certificados do Sistema de Avaliação do Ensino Municipal (Saem), mas lhe revelou que existem registros anteriores de dificuldades quanto à direção da instituição. Godoy agora pretende conversar com Maria José para então formatar uma posição oficial da Comissão de Educação e Cultura e, desta forma, “não cometer equívocos ou deslizes”, encerra.