A expansão da indústria automobilística brasileira a partir de um modelo alternativo criado por um uberabense
A expansão da indústria automobilística brasileira a partir de um modelo alternativo criado por um uberabense foi destaque ontem na Câmara de Vereadores. A apresentação da tecnologia do primeiro carro movido a energia elétrica do país, os custos e a implantação em longo prazo de uma fábrica no município abriram a sessão plenária.
Os vereadores questionaram prioritariamente os benefícios para o meio ambiente e os investimentos para adaptação do veículo. O engenheiro Maurício dos Santos Anjo, que desenvolveu o projeto, foi motivado pela necessidade premente de equilíbrio ambiental do planeta, ora ameaçado pela emissão de gases poluentes.
O modelo alternativo não gera resíduos ou gases, tanto que o escapamento é subtraído ao ser adaptado. O veículo possui motor de alumínio e várias baterias instaladas no porta-malas. O carregamento é idêntico ao de um telefone celular com um plugue conectado durante dez horas.
O “abastecimento” lento não constitui a única desvantagem do carro elétrico, apontada pelo próprio engenheiro. Possui baixa autonomia, atingindo no máximo 90km por hora. Maurício informou que a adaptação à vista está valorada em R$ 29 mil e pode ser dividida em 36 parcelas de R$ 1.100, elevando o preço para R$ 39.600.
O modelo foi estacionado na garagem ao lado do plenário para apresentação aos vereadores. A saída gerou “troca de farpas” entre o petista José Severino, descontente com interrupção da sessão, e o vereador Marcelo Borjão (PMDB), que tachou de descortês a atitude do colega. Ao final, os vereadores afirmaram o interesse em canalizar esforços para que a tecnologia projete Uberaba no cenário nacional, uma vez que já existem pedidos do modelo alternativo.