Está caminhando mais devagar? Especialista aponta que pode caracterizar maior risco de Alzheimer

Popularmente vinculada à perda de memória, a Doença de Alzheimer também compromete habilidades físicas do ser humano. Estudo aponta que a diminuição da velocidade da caminhada de uma pessoa pode apresentar maior risco de desenvolver a doença. Mesmo com progressão lenta, o quadro clínico da condição pode ter evolução para deficiência motora progressiva e dor ao engolir. 

Mesmo com causa ainda desconhecida, a fisioterapeuta especialista em geriatria e neurofuncional, Ana Carolina Vilarinho explica que é possível analisar alguns sinais para além da perda de memória e a dificuldade em realizar duas tarefas ao mesmo tempo. No doutorado sobre "Envelhecimento e Cognição", a especialista descobriu que há uma relação entre a diminuição de velocidade dos passos de uma pessoa e a doença. "Há uma ligação entre a velocidade de caminhada de uma pessoa e o desenvolvimento do Alzheimer, mostrando que pessoas que estão perdendo velocidade de caminhada podem apresentar maior risco de desenvolver Alzheimer", aponta.

De acordo com Vilarinho , alimentação saudável e sono de qualidade, podem diminuir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. "Exercícios aeróbicos, como caminhada, andar de bicicleta, natação e exercícios com peso, são especialmente benéficos para o cérebro. Então, manter-se ativo e participar de atividades mentalmente estimulantes, como jogos, leitura ou fazer palavras cruzadas, também pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer", explica. 

Além da medicação controlada para retardar a progressão da doença e controlar sintomas comportamentais, o tratamento terapêutico com atividades para melhorar a memória e exercícios físicos são recomendados após o diagnóstico. Especialista ainda aponta o acompanhamento com os familiares da pessoa com Alzheimer. "Estabelecer e manter as relações sociais e participar de atividades em grupo pode ajudar a melhorar o bem-estar e retardar a progressão da doença de Alzheimer. Esse fato vem colaborar com a melhora da qualidade de vida do paciente e dos seus familiares ou cuidadores", elucida. 

Neste mês, é celebrado o "Fevereiro Roxo", período voltado para a conscientização sobre doenças que não tem cura, como o Alzheimer, neste período.  Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A cor escolhida simboliza o cuidado necessário para a prevenção e o tratamento.