Além disso, a exposição pode alterar o desenvolvimento dos menores
Criança na internet (Foto/Arquivo JM)
Com o avanço da tecnologia e o fácil acesso à internet, crianças e adolescentes estão cada vez mais conectados. Embora essa interconectividade possa trazer benefícios, como o acesso a informações e recursos educacionais, também expõe os jovens a perigos significativos, como a pedofilia e o cyberbullying. Nesse contexto, os pais desempenham um papel fundamental na proteção de seus filhos, estando atentos aos sinais e adotando medidas de segurança para garantir uma navegação segura.
Segundo a psicóloga Bárbara Barbosa, os prejuízos são diversos, começando pelo impacto na forma como esse público passa a enxergar o mundo. Afinal, tão pouca bagagem de conhecimento e um fluxo intenso de conteúdos podem prejudicar o discernimento das crianças e adolescentes.
“Tanto a internet quanto as redes sociais acabam mudando a forma como a gente enxerga o funcionamento do mundo. É muito comum que essas plataformas afetem a nossa autoimagem, conceito de beleza, conceito de produtividade. E quando a gente fala de crianças e adolescentes, a gente fala também sobre a forma como a mídia retrata a beleza, porque isso é essencial e vai influenciar na relação que essa pessoa vai desenvolver com o corpo ou com medo”, pontua.
Bárbara conta ainda que outra preocupação entre os especialistas é a adultização do público infanto-juvenil. Como resultado, pode acontecer um desenvolvimento precoce ou singular atraso por parte da criança, afetando o crescimento ao longo da vida, além de colocá-la em uma situação de vulnerabilidade.
“Quando essas crianças e adolescentes não são bem orientados sobre o uso de internet, redes sociais, elas também podem se tornar vulneráveis à ação de pedófilos que utilizam desses meios para se aproximar e abusar. Existem muitos riscos, tanto para crianças e adolescentes quanto para nós, adultos”, pontua Bárbara.
Conforme a psicóloga explica, a saída para esses problemas é o diálogo e o acompanhamento dos pais. Ela acrescenta que é importante ter um diálogo explicando para as crianças e adolescentes como essas ferramentas funcionam e qual que seu propósito, além de abordar os perigos existentes.
“Essa comunicação tem que ser adequada de acordo com a faixa etária e com o nível de desenvolvimento da criança. Principalmente com crianças pequenas, é função dos pais acompanhar o que essa criança está acessando na internet. Existem formas de limitar esses acessos também, por exemplo, em plataformas de streaming, o recurso do controle parental, em que você consegue limitar ali o que chega para criança. Em outras plataformas, tipo redes sociais, isso não é possível, então existe uma necessidade do pai e da mãe do responsável acompanhar junto com a criança, o que que ela está acessando e conversar com ela se aquele conteúdo é adequado ou não para idade dela”, finaliza.