Estudos importantes têm evidenciado grande aumento da incidência de transtornos mentais no mundo todo e, aproximadamente, um quarto da população mundial será acometida por alguma doença mental no decorrer da vida. A informação é do médico psiquiatra Dr. Marcelo Bilharinho, cooperado Unimed Uberaba, citando que a pandemia da Covid-19 causou um impacto devastador, propiciando um aumento de cerca de 30% nos atendimentos em saúde mental, agravando a situação que já era desafiadora.
O psiquiatra esclarece que o diagnóstico dos transtornos mentais é realizado por meio do exame psíquico, baseado em sólido conhecimento de psicopatologia. Destaca que os exames laboratoriais e de neuroimagem são fundamentais para o diagnóstico diferencial com doenças clínicas. O Laboratório e a Clínica de Imagem Unimed Uberaba possuem equipamentos especializados e inovações para uma avaliação com excelência e investigação segura, afirma o cooperado.
A campanha Janeiro Branco, segundo Bilharinho, tem atingido os seus objetivos de educar e ampliar o acesso às informações sobre Saúde Mental, mas o caminho a percorrer ainda é longo e os desafios são muitos, mas é perceptível, inclusive na prática clínica diária, que a população está mais consciente e informada.
Os transtornos mentais mais frequentes são de ansiedade e a depressão. Bilharinho explica que os casos são de origem multifatorial, ou seja, de fatores genéticos ambientais e psicológicos, causando alterações neuroquímica cerebrais. Comenta que a síndrome de Burnout foi recentemente incluída entre as afecções mentais, no entanto, é necessário que se comprove uma ligação exclusiva com o ambiente de trabalho. “Se o problema se manifestar em outros locais e circunstâncias, deve ser dado outro diagnóstico”.
Existe ainda muito preconceito e desconhecimento em relação ao psiquiatra e ao tratamento psiquiátrico. De acordo com Bilharinho, tem melhorado, mas o ponto central é o acesso à informação, visando a prevenção e o combate ao estigma, além de garantir o acesso a serviços de saúde mental mais organizados e estruturados. “A saúde mental não pode mais ser relegada a segundo plano”, garante.