Um dos pilares dessas ações é o projeto de Busca Ativa, que define responsabilidades dentro das escolas e cria fluxos de atuação em caso de faltas recorrentes (Foto/Divulgação)
Após casos de violência escolar chamarem atenção da população, a Secretaria Municipal de Educação de Uberaba tem buscado criar um ambiente mais seguro e atrativo para estudantes e professores, prevenindo faltas e conflitos nas salas de aula. Entre as ações, segundo a secretária Juliana Petek, estão o acompanhamento da frequência dos alunos e a implementação do programa Escola que Protege, do Ministério da Educação, voltado para prevenção e intervenção em situações de violência.
Um dos pilares dessas ações é o projeto de Busca Ativa, que define responsabilidades dentro das escolas e cria fluxos de atuação em caso de faltas recorrentes. “Quando chega para o Judiciário a infrequência de um aluno, todos nós falhamos no processo. Não conseguimos alcançar esse aluno. Chegar a essa demanda é a UTI do sistema”, explicou Petek. O objetivo é intervir antes que a situação chegue a esse ponto, garantindo acompanhamento próximo dos estudantes.
A segurança nas unidades de ensino também é prioridade. A Secretaria implementou o programa Escola que Protege, do Ministério da Educação, com formações voltadas para prevenção, intervenção e promoção da segurança escolar. Além disso, foi criado um fluxo coletivo envolvendo Ministério Público, sistema de justiça, polícias, Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e assistência social, garantindo que a escola tenha suporte em situações de risco.
“Nós tivemos três dias de formação, aplicados pelo próprio Ministério, com material que trata da prevenção, intervenção e promoção da segurança. Isso se conecta à frequência e ao ambiente escolar. Não conseguimos tratar uma política isoladamente; tudo faz parte da vida escolar. Por isso, construímos fluxos coletivos com todas as secretarias e parceiros”, explicou Petek.
A gestora da pasta ressaltou ainda que as medidas buscam tornar o ambiente escolar mais seguro e acolhedor, mas não eliminam totalmente os riscos. “Não podemos focar apenas na intervenção. Promoção e prevenção são os fatores primordiais. Capacitar os times, criar fluxos e estabelecer parcerias é o que podemos fazer dentro das possibilidades”, concluiu.
Nos últimos meses, a atenção para segurança escolar em Uberaba aumentou após vários episódios de violência, incluindo o caso que resultou na morte da estudante Melissa Campos. Esses acontecimentos reforçam a necessidade de medidas preventivas e de acompanhamento próximo dos alunos, além do fortalecimento da parceria entre escolas, famílias e órgãos públicos.