Depois de quatro rodadas de negociação, entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários, nada foi definido, o que pode acarretar em greve do setor. A revelação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Uberaba e Região, Maurício Sousa. De acordo com o sindicalista, os bancos repetiram a postura adotada nas duas rodadas anteriores em relação às demandas sobre emprego e remuneração, não dando nenhuma posição. Na campanha salarial deste ano, os bancários reivindicam reajuste salarial de 10%, maior Participação nos Lucros e Resultados, valorização dos pisos para caixas, comissionados e gerentes, garantia de emprego e melhoria das condições de saúde e de trabalho. O presidente também ressalta o fim de metas abusivas, assédio moral, mais segurança e fim das terceirizações como exigência. A Fenaban marcou para amanhã uma reunião onde prometeram apresentar uma proposta global e abrangente a toda a categoria. “Esperamos que seja uma proposta financeira que atenda às nossas expectativas. Caso contrário, teremos que recorrer à greve, assim como no ano passado, como forma de protesto”, afirma. A convenção dos bancários já tem 90 itens e, ainda segundo Sousa, a categoria está preocupada com benefícios mais amplos, não se restringindo apenas a uma parte. “A questão financeira é muito importante para qualquer trabalhador e há uma grande expectativa em torno deste assunto”, ressalta.