Deficiente cobra melhoria no serviço “porta a porta”

Transporte dos deficientes, feito com o uso de vans, é caracterizado como ineficiente por usuários. Clayton Hélio da Costa, vítima de atropelamento aos 21 anos, acabou perdendo os movimentos do tornozelo para baixo. Sem condições de se locomover sozinho, precisa do auxílio de uma cadeira de rodas que o acompanha diariamente.   Assim como dezenas de deficientes físicos, Clayton aponta falhas no sistema “porta a porta”. Aos 27 anos, o estudante reivindica melhores condições aos que dependem do serviço. Morador do bairro Abadia, ele trabalha na avenida Fernando Costa e utiliza o serviço do transporte coletivo por mais de três vezes ao dia. Clayton afirma que a maioria das vans não funciona, pois estão sempre danificadas e nem existem para muitos. Solicitou o transporte especial para levá-lo até a escola, mas recebeu resposta negativa. A justificativa foi de que apenas três veículos estavam trabalhando, enquanto um estava parado por falta de combustível e outro esperando manutenção.   O chefe de seção responsável, Francisco Carlos Senteno, rebateu as críticas, garantindo que não tem conhecimento de nenhuma reclamação e que cinco vans operam normalmente. Disse, ainda, que nem sempre todos os veículos estão atuando, mas as manutenções só ocorrem esporadicamente. Francisco ressaltou que ninguém consegue o transporte de imediato e que existe uma fila de espera, com aproximadamente quinze solicitantes. Falta muito. Na expectativa de uma decisão da Prefeitura sobre o “porta a porta”, deficientes físicos lembram que a acessibilidade envolve outras questões, como desnível, falta de rampas, pontos de ônibus falhos. O transporte coletivo é outro problema. Apenas 35% da frota que trabalha em Uberaba é adaptada, segundo informações de Francisco.